O Bloco de Esquerda dedicou uma ação de campanha neste sábado, às zonas altas do concelho do Funchal, com uma ação no Lombo do Jamboeiro, onde a candidata à presidência da Câmara Municipal, Dina Letra, destacou as dificuldades de mobilidade, estacionamento e transportes públicos que afetam os moradores dessas áreas.
“Sabemos que a questão das acessibilidades, a questão da mobilidade, a questão do estacionamento, a questão dos transportes públicos tem um impacto muito grande na vida das pessoas desta zona da cidade e, de facto, não têm sido dadas respostas aos maiores problemas de quem aqui vive”, afirmou a candidata bloquista.
Dina Letra apontou as falhas na infraestrutura urbana, denunciando que “temos várias vias que circundam o Funchal onde não existe um passeio, temos paragens de autocarro em cima de vias públicas onde não há sequer segurança para os peões e proteção para quando estiver sol ou chuva, e temos dezenas e dezenas de carros estacionados nas vias públicas”.
A candidata criticou ainda o que considera ser uma “avalanche de promessas” por parte de outros candidatos. “Temos candidatos e candidatas que prometem fazer agora tudo o que não fizeram em quatro anos e em 40 anos até. Há candidatos que não têm sequer a menor noção daquilo que é o trabalho autárquico ou então que ignoram, de propósito, as competências da Câmara Municipal do Funchal.”
O BE, sublinhou, quer apresentar soluções realistas e sustentáveis: “O nosso compromisso é o de procurar arranjar soluções para os principais problemas das pessoas que vivem nas zonas altas do concelho. Não embarcamos em prometer tudo a toda a gente, não embarcamos em mentiras, porque achamos que as pessoas são inteligentes o suficiente para não levar a sério essas promessas.”
Dina Letra defendeu uma estratégia assente no diálogo com as comunidades e na colaboração com os técnicos municipais:
“Sabemos que há dezenas de petições na Câmara do Funchal para resolver pequenos problemas. É conversando com as pessoas e com a ajuda dos técnicos da autarquia que podemos encontrar as melhores soluções: criar bolsas de estacionamento onde for possível, construir passeios que garantam a segurança dos cidadãos e melhorar as paragens de autocarro.”
A candidata enfatizou ainda a importância de uma política ativa junto da empresa pública Horários do Funchal, para reforçar a rede de transportes coletivos:
“É essencial garantir mais carreiras, sobretudo nas horas de ponta. Os autocarros vão cheios e muitas pessoas não têm outra alternativa senão comprar um carro. Precisamos de mais autocarros para as zonas altas, adaptados às necessidades de quem trabalha e estuda.”
Para Dina Letra, a melhoria do transporte público é também uma questão ambiental e económica: “O transporte público é fundamental para termos uma cidade mais amiga do ambiente e dos munícipes. Permite que as famílias gastem menos no final do mês, aliviando o custo de vida, e contribui para um Funchal mais sustentável.”