O Partido Ecologista Os Verdes está preocupado com os impactos nos ecossistemas marinhos que a aquacultura praticada na Madeira poderá acarretar no futuro e defende um debate profundo acerca deste tema.
Manuela Cunha, dirigente nacional do partido, que esta tarde esteve reunida com um movimento ecologista regional (Guardiões da Natureza), considera que o debate "tem se centrado demasiado nos impactos no turismo" e menos nos efeitos que a aquacultura terá na vida marinha.
"A aquacultura que está a ser praticada na Madeira implica rações e todo um conjunto de alimentos dos peixes, que tem implicações no sistema ecológico marinho, com deposito de resíduos no fundo do mar e a atração de predadores", disse.
Segundo a dirigente partidária, existe uma lacuna ao nível dos estudos sobre estes impactos e defendeu que esta deveria ser uma preocupação dos governantes.
A ronda de reuniões iniciada hoje pelo PEV, com o objetivo de "auscultar sensibilidades", conforme disse Manuela Cunha, é suscitada pelo projeto de ampliação da piscicultura flutuante offshore da Ribeira Brava que prevê a instalação de mais 20 jaulas no mar.
"Há zonas emblemáticas onde é difícil compreender por que razão vão lá pôr jaulas, como é o caso da Fajã dos Padres. É uma zona demasiado para qualquer madeirense e para os turistas", considera a dirigente nacional.
Iolanda Chaves