O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, reafirmou hoje ser "crucial" o partido manter a unidade interna para vencer as eleições regionais de 2023, às quais vai concorrer coligado com o CDS-PP, vincando que "o adversário é o Partido Socialista".

"Cada militante tem a sua liberdade de expressão, mas nos momentos cruciais temos de estar unidos", disse, para logo acrescentar: "Aqui não há meias tintas, o partido tem de estar mobilizado."

Miguel Albuquerque, que é também presidente do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP, falava no jantar de Natal dos social-democratas madeirenses, no Funchal, evento que, segundo a organização, conta com a participação de mais de 1.000 militantes e simpatizantes.

O líder insular alertou-os para o próximo desafio - as eleições regionais de 2023 - considerando que ser fundamental enfrentá-lo "com humildade, com abertura ao povo, com capacidade de diálogo, com um projeto claro e credível".

"O PSD sempre colocou o povo da Madeira, a autonomia da Madeira, acima dos interesses partidários, mas também dizemos, sem qualquer problema, que não embarcamos no politicamente correto", disse.

E reforçou: "Quando estão os interesses do nosso povo em causa, nós enfrentamos seja lá quem for. Não temos medo de enfrentar Lisboa ou seja lá quem for para defender os direitos dos madeirenses."

Miguel Albuquerque disse ainda que o PSD governa a Região Autónoma da Madeira há 45 anos consecutivos, com maioria absoluta até 2019 e depois em coligação com os centristas, porque "sempre soube acompanhar as mudanças" e afirmar-se como um "partido reformista", aberto às "novas tendências e às "novas causas".

"Nós nunca somos ultrapassados pela História", realçou, acrescentando: "Nunca fomos ultrapassados pela História, mas ao mesmo tempo, sendo reformista, sendo um partido de vanguarda, é também um partido com história, identidade, memória."

Lusa