O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, reagiu hoje à notícia avançada pelo Correio da Manhã, que dá conta de que o Ministério Público continua a investigar o seu alegado envolvimento num esquema de financiamento ilegal de duas campanhas eleitorais do PSD-Madeira. De acordo com o referido jornal, estarão em causa pelo menos três reuniões realizadas na Quinta Vigia entre os principais suspeitos da operação “Ab Initio”.
Confrontado pelos jornalistas à margem da inauguração do shore power, no Lobo Marinho, no Porto do Funchal, o governante rejeitou qualquer conhecimento sobre o caso.
“Eu não faço ideia nenhuma do que estão a falar”, disse aos jornalistas. “Mas, hoje, é preciso ter um critério de certa complacência com essas notícias porque vão inventando e dizendo coisas”, disse, assegurando não ter sido informado de nada. “Nem sei o que se está a tratar, não faço ideia”, reforçou.
Sobre o pedido um levantamento de imunidade quer da Assembleia Legislativa Regional quer do Conselho de Estado, conforme consta na mesma notícia, o governante atira: “Não sei porquê. Diga-me porquê porque eu não faço ideia. Nem li a notícia”, referiu.
Albuquerque considerou, aliás, a situação “uma brincadeira” e lamentou o impacto que estas notícias têm na sua imagem pública.
“Todos os dias sai uma notícia e a honorabilidade de uma pessoa é posta em causa. Há anos que todas as campanhas do PSD, como é normal, só se nós fossemos idiotas ou suicidas, são auditadas e fiscalizadas pelo Tribunal Constitucional como todas as campanhas (...) quem trata disso são pessoas ligadas à contabilidade e ligadas a esse processo que eu não percebo, não quero perceber, nem quero ter nada a ver com isso. (...) E, o que lhe posso dizer é que, do meu ponto de vista, a única preocupação que eu tenho é que as campanhas, uma vez feitas, sejam auditadas, fiscalizadas e depois retificadas pelos tribunais”.
Questionado sobre as alegadas reuniões na Quinta Vigia, o presidente respondeu com ironia: “todos os dias tenho para aí umas 50 reuniões na Quinta Vigia”, rematou.