Depois de ganhar o Prémio Revelação do Teatro Nacional D. Maria II/Ageas, Sara Barros Leitão decidiu investir o valor recebido na criação de um clube de leitura a que chamou Heróides - clube do livro feminista. Passados dois anos, o clube entra na terceira edição, e tornou-se já um evento incontornável para quem gosta de ler e de conversar sobre os livros.

Amanhã, pelas 11 horas, decorre a sessão no Funchal, no Auditório do Jardim Municipal com o livro "O ano de 1993" de José Saramago.

A edição das Heroides 2023 tem a curadoria de Andreia Nascimento e Sara Barros Leitão.

O desafio é ler doze livros em doze meses. A cada mês, um convidado ou convidada escolhe um livro, e, no último sábado do mês, centenas de pessoas encontram-se online para conversar sobre ele. Até ao momento já passaram pelo clube mais de seis mil participantes, e as sessões, têm, em média, cerca de duzentas pessoas.

Este projeto, que começou em pleno confinamento, já teve duas sessões presenciais, uma em Torres Vedras e outra em Joane, onde estiveram pessoas de todo o país. Até agora, passaram pelas Heroídes convidadas como Shahd Wadi, Gisela Casimiro, Andrea Peniche ou Faranaz Keshavjee, e leram-se livros de Toni Morrison, Maria Laram, Bernardine Evaristo, Virginia Woolf ou Simone de Beauvoir, entre outros.

A edição das Heroídes em 2023 contará como convidadas Violante Saramago Matos, Isabel do Carmo, Marisa Matias e Ulika Paixão Franco e serão lidos livros de Hannah Arednt, Natália Correia, Margaret Atwood e Deborah Levy. Estão previstas três sessões presenciais, sendo a primeira no Funchal, mas também na Praia de Aguda e em Setúbal.