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Artigo de Opinião

24/05/2023 08:00

Partindo de uma iniciativa promovida pela Plataforma da Memória e Consciência Europeia, conta com o apoio do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia. Com indiscutível credibilidade científica e rigor histórico, a exposição "Memória - Totalitarismo na Europa" convoca-nos ao encontro com a história e relembrar as consequências do totalitarismo.

É preciso lembrar, e relembrar, esse passado de terror, para que a memória do tempo não fique para trás. A consciência clara dos erros passados é a única forma de não os voltar a cometer. É preciso tratar os crimes contra humanidade como crimes contra humanidade, independentemente do chapéu ideológico que os justificou.

Sem amarras ou complexos ideológicos, a exposição já foi apresentada em mais de 20 grandes cidades de 19 países da Europa e da América do Norte, tendo estado presente em diversos parlamentos nacionais e europeus (entre os quais o Parlamento Europeu ou a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa). Chegou a Portugal em agosto de 2021, onde já percorreu várias cidades em todo o país.

Por todo o lado onde passou, reuniu um largo consenso junto daqueles que lutam por uma Europa que se quer livre, democrática e que procura não esquecer o seu passado trágico, para evitar que regimes totalitários se repitam.

Partindo de uma leitura rigorosa sobre os factos históricos, a exposição apenas surpreende e choca quem desconhece o passado da Europa e do Mundo. Tanto o fascismo e o nazismo, quanto o comunismo, tinham, e têm, projetos de controlo total da sociedade e do Estado, que, onde foram experimentados, resultaram em tragédias humanas, que antes do século XX consideraríamos inimagináveis. Se não compreendermos isso podemos ser conduzidos a percorrer os mesmos caminhos.

Só em dois locais esta exposição suscitou polémica e espanto: na Rússia e na Assembleia da República Portuguesa. A exposição que coloca a nu os crimes cometidos contra a humanidade por regimes fascistas e comunistas em diversos países europeus, foi recusada, no ano passado, por Augusto Santos Silva, sob o pretexto de existirem reservas sobre o seu "equilíbrio científico e historiográfico".

Como bem sabemos, Santos Silva e a esquerda parlamentar nacional, na sua generalidade, têm uma relação difícil com a verdade histórica. Por isso, nada de isto é verdadeiramente novo. A recusa em acolher a exposição na Casa da Democracia, inscreve-se na longa tradição negacionista da esquerda radical, de branquear o papel devastador que o comunismo teve na memória europeia.

Os defensores das ideologias totalitárias, de natureza comunista ou fascista, sabem que só podem fazer progressos onde houver inquietação, conflito ou luta aberta. Procuram aumentar as discórdias sociais, para que delas saia a anarquia e o caos que, por seu turno, gerarão a necessidade de uma férrea ditadura.

É, por isso, preciso mobilizar a sociedade civil, numa luta não violenta, em defesa do homem livre, da palavra e da justiça, para resistir aos espíritos primários, contra o materialismo dialético da esquerda e a burocracia totalitária da direita.

A exposição "Memória - Totalitarismo na Europa" dá mais um contributo para esse debate!

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