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Artigo de Opinião

23/05/2023 08:00

Isto numa terra em que há pouco tempo tínhamos três emblemas a disputar jogos na plataforma mais elevada do futebol português, e ainda havia disputa de finais de competições, o Marítimo na Taça da Liga, e de participações europeias. Em menos de dez anos foi tudo à vida. É preciso parar, depois do fecho da temporada, para pensarmos em como chegamos a este ponto, não terá sido certamente algo que apenas levou dois/três anos a acontecer, como podemos sair e como podemos entrar no caminho sustentável do sucesso que se quer. Mas isto é no futebol profissional, no caso do futebol jovem, Marítimo e Nacional, continuam na luta pela manutenção na primeira divisão de juniores, nos escalões mais jovens, o Marítimo conseguiu a subida para esse nível, a ver vamos o que nos reserva, mas podemos todos concordar que aí o que mais importa é a formação dos jovens, quer a nível futebolístico, quer a nível humano, os resultados desportivos devem de ser encarados como bónus. E para terminar as contas do futebol, ainda temos o futebol feminino do Marítimo a lutar pela sua sobrevivência na primeira divisão nacional.

O andebol no lado masculino é menos problemático, para já. Se o Marítimo apesar de uma época tranquila em termos de classificação, ficou/está aquém das expectativas no campeonato, o Académico cumpriu os seus objetivos, resta aos verde-rubros salvar a honra, digamos, na final-four da Taça de Portugal que é disputada no pavilhão maritimista. Nos femininos Madeira SAD ficou em segundo lugar no campeonato e também está presente na final-four da Taça de Portugal, o CS Madeira terá de disputar uma fase de manutenção de modo a manter-se na divisão maior do andebol, logo algo está falhando no projecto que apresentou melhores resultados desde da formação das temíveis SADs.

Bola no cesto, ou como é conhecido, basquetebol, o histórico CAB Madeira desceu de divisão, por troca com o Galomar. A descida do CAB é um duro golpe no basquetebol madeirense por tudo o que o clube da Nazaré representa na região e é talvez dos rostos maiores do falhanço desportivo regional nos últimos tempos.

Nas restantes modalidades coletivas, o futsal continua tudo como está, apesar de uma época que podemos considerar desapontante para o clube do Almirante Reis na segunda de divisão nacional, apesar da sua manutenção era exigido mais. Hóquei em patins está a desaparecer a olhos vistos. Resta-nos as modalidades com menos visibilidade como patinagem de velocidade, atletismo, natação, que ainda vão apresentando resultados deveras interessantes.

Posto isto, é deveras urgente repensar os moldes em como o desporto é apoiado na região e como é que podemos sair da cepa torta. Como é que as infraestruturas devem de ser planeadas, como é que uma região não tem um pavilhão multiusos em condições e, principalmente, a necessidade de alargar todo o desporto a todos. É imperativo haver uma oferta das modalidades aos mais jovens, e não um afunilar para o futebol, caso contrário no futuro as modalidades ditas amadoras deixarão de existir, cingindo-se às modas passageiras de padels, squash, trails, e outras coisas do género.

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