Um compromisso que também nos obriga a perceber o porquê de fazermos parte de determinado projeto político em detrimento de outro, o porquê de sermos Social-democratas e não de outro Partido qualquer.

Hoje, mais do que nunca, estar na política não chega, é preciso estar na política, de corpo e alma, com coração e entrega, sabendo, exatamente, que princípios e valores temos a defender e o que é que essa base que nos move pode servir ao nosso povo.

Infelizmente, hoje em dia as ideologias partidárias deixaram de ser, em larga medida, a base das escolhas que muitos fazem. É precisamente por isso que há quem seja hoje do PPD/PSD Madeira, mas, se não tiver lugar numa lista ou se não conseguir algum proveito com isso, amanhã passa a ser do PS ou da Iniciativa Liberal.

É de lamentar esta falta de compromisso, de conhecimento e até de firmeza em assumirmos aquilo que somos e as ideologias que defendemos, até porque se nós próprios não acreditamos naquilo que somos, como podemos sequer esperar que acreditem em nós? De que vale então estar filiado num Partido em que não estamos dispostos a servir, mas, sim, a ser servidos? De que vale existirem os Partidos Políticos?

Assim como também é de lamentar que jovens na casa dos 20 ou 30 anos, quando questionados acerca do que foi o 25 de abril ou a implantação da República, não saibam o que responder.

Insisto que não basta estar na política por estar, não basta dizer que somos do Partido A ou do Partido B quando nem sequer sabemos aquilo que temos a defender, quando nem somos capazes de assumir as diferenças que existem entre um e outro. Não, isto não é ser político nem muito menos é usar a política para servir os outros.

Reflexões à parte, é preciso agir contra esta falta de coerência, paixão e entrega na política dos dias de hoje. Ideais precisam-se. Assim como é preciso não ter vergonha em abraçar qualquer projeto, desde que o façamos com verdade, responsabilidade e convicção.

Quanto maior for a nossa entrega, quanto maior for a nossa capacidade de perceber o lugar que temos dentro dos Partidos pelos quais damos a cara, maior será a nossa força e capacidade de corresponder ao nosso povo, aos que nos elegem e confiam em nós, àqueles que pedimos para nos ajudar a seguir em frente nas estratégias e projetos que assumimos para a nossa terra.

Devemos servir quem nos elege, o nosso povo e, não, olhar para a política e para os Partidos como um meio de nos servirmos a nós próprios.

Bem sei que dedicar-se à causa pública não é certamente para todos. Ainda assim e para aqueles que o fazem, apenas peço que o façam com dedicação, com energia, com apego, com amor e, sempre, com honestidade e verdade para com os outros, para com uma população que merece tudo isto e muito mais.

Quem me conhece, sabe que vivo intensamente o PPD/PSD Madeira. Sirvo com alegria, ouço com respeito, ajudo com clareza e tenho a certeza que sempre dei o melhor de mim a cada dia.

Ser do PPD/PSD é muito mais que esperar por um cargo, por um lugar. É ter em mente a Social-democracia e lutar por valores de igualdade e liberdade, é defender a Autonomia que, também, ao lado de muitos outros, ajudei a construir nesta Região.

Para mim, estar no PPD/PSD é manter uma chama acesa e levá-la aos nossos Militantes e, junto deles, lutar pelos interesses da nossa população. E é nisso que continuarei apostado, fazendo, ao lado daqueles que felizmente partilham desta visão, com que a política efetivamente exista para servir.