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Artigo de Opinião

16/09/2025 08:00

Quando estava na “política activa”, dava uma importância tal à Câmara Municipal do Funchal que, em conversa corrente, considerava-A como “um segundo Governo Regional”.

Segurava-A partidariamente “com unhas e dentes”.

Metade da população do Arquipélago reside neste Concelho, a maior parte das principais infraestruturas comuns ao necessário bom funcionamento global da Região Autónoma, também.

Por outro lado, a institucionalização da Autonomia Política e a correspondente criação dos Órgãos de governo próprio, assenta numa transferência de competências legislativas e executivas do Estado Central para a Assembleia Legislativa e para o Governo Regional.

As competências autárquicas foram intocadas. A descentralização política não foi à custa dos Municípios, mas logicamente, sim, vinda de competências que eram da República Portuguesa.

E assim é que deve continuar a ser, embora a situação política nacional, maçónico-partidocrática, nos últimos anos e de vez em quando, dê o espectáculo de passar competências do Poder Central para os Municípios, que Estes não têm dimensão, nem receitas, para efectivar em termos de Bem Comum.

Porquê? Para pretexto da não Regionalização do Rectângulo; para passar despesas à responsabilidade municipal; e para um País “submetido” a Lisboa continuar a falhar, como mais uma vez, nos incêndios, na saúde, nos transportes, etc., etc.

Os “Pais Fundadores” da União Europeia, a seguir à II Guerra Mundial, perceberam que esta multiplicidade de Estados Soberanos na Europa não permitiria acompanhar eficazmente a globalização inevitável que resultava do perspectivado presente e futuro Desenvolvimento Científico, cada vez num ritmo de aceleração sempre maior.

Jacques Delors, quando Presidente da Comissão Europeia - e muitos com Ele - previa a resistência que os Estados-Membros até hoje desenvolvem para “segurar” extremamente as respectivas Soberanias. Por isso, foi dada força ao movimento regionalista europeu. Uma Europa das Regiões, a par de uma Europa Federal de Estados Soberanos. Aquelas receberiam muitas das competências Destes, facilitando, mais, uma Europa a uma só voz, com “soberania” menos dispersa.

A crise financeira de 2008 deu pretexto aos Estados Soberanos para voltar a um centralismo maior, com a cumplicidade das várias associações nacionais de Municípios que vêem nas Regiões um obstáculo ao exercício provinciano e redutor de poderes pessoais.

Mais. Na altura, alguns de nós, antes de a Rússia e a Turquia se terem metido pelo caminho onde estão, defendemos - está escrito... - que uma Europa forte exigia captar uma Rússia; e uma Turquia, para ponte ao mundo islâmico.

O “politicamente correcto” eriçou-se!

Hoje, vemos desenhar uma nova Ordem Mundial - as várias reuniões internacionais estão aí à vista de todos - em que tudo parece não dar importância aos países europeus, tidos por decadentes, por causa do seu difícil entendimento colectivo, pela situação dos respectivos Sistemas Políticos, pelos seus “costumes” e pela “geração rasca” a que pertencem alguns dos seus “políticos”.

Tudo isto, para voltar às eleições autárquicas. E, apesar das ilusões festivas - tal como antes do apocalipse europeu 1939-1945 - a verdade é que face à perigosamente indefinida situação mundial, em que é pueril afastar a hipótese de mais guerra na Europa, todas as eleições democráticas (enquanto não nos roubarem a verdadeira hipótese de uma Democracia) são importantes.

E vemos a dimensão, orgânica e estrutural, que o Município do Funchal tem. Inclusive o Seu peso se o mundo ficar mais difícil, queira Deus que não.

Sinto-me seguro com a candidatura do Dr. Jorge Carvalho e sua equipa. Sinto-me seguro com a garantia que O acompanha, que é a continuidade da presença do Dr. José Luís Nunes, na Assembleia Municipal.

Conheci o Dr. Jorge Carvalho, quando já me relacionava com Parentes Seus, inclusive Nomes prestigiados na Igreja Católica.

Na altura, líder do PSD/Madeira, não hesitámos apoiá-Lo em ter sido historicamente eleito o primeiro presidente da Associação Académica da jovem Universidade de Madeira, saído de uma boa iniciação política que até hoje não se confunde com outras tristes “gerações rascas”.

E, em nome da transparência, não escondo as razões também pessoais do meu apoio.

Colega de curso de um dos meus genros, cujos laços vieram perdurando pela vida fora, o Dr. Jorge Carvalho é Padrinho de Baptismo da minha neta mais velha.

Tudo claro, como eu gosto.

Mas nunca se deixou influenciar. Prova disso, é que depois das valiosas experiências políticas como Deputado pela JSD no Parlamento Regional, Autarca e Director Regional, teve opções diferentes e desligadas das minhas, num determinado período de transição, que aproveitou para um exercício brilhante no Conselho Directivo da Escola Secundária Jaime Moniz.

Mais. Nunca vi tantos elogios em Lisboa, a um Membro do Governo da Madeira, como ao mandato de Secretário Regional da Educação pelo Dr. Jorge Carvalho. Até os Sindicatos da “pseudo-esquerda” mais radical, sugerem, em Portugal Continental, medidas cá adoptadas por Ele.

E, pronto!

Já não estou em idade de me meter nisto.

Mas ao Jorge Carvalho, devo-Lhe esta Lealdade.

E, ao Povo Madeirense, esta narrativa transparente.

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