Há uns dias atrás um candidato de um partido da oposição, o senhor professor Pedro Ramalho, usou este espaço para denegrir, de forma pouco séria e verdadeira, a política de educação municipal, acusando-nos, entre outras barbaridades, de nada fazermos ou de só trabalharmos para a fotografia. Não me resta, assim, outra saída que não seja repor a verdade, usando para isso o mesmo espaço de debate que são estas páginas de opinião.

Para início de conversa, e em traços gerais, informo o senhor professor de que o Município de Santa Cruz investe, por ano, um milhão no setor da Educação nas áreas que lhe estão por lei atribuídas. Nos últimos anos, foram cinco milhões de investimento, garantindo, pela primeira vez, transportes gratuitos regulares e para visitas de estudos e aulas de natação; manutenção das escolas do 1º Ciclo; aquisição de bens e equipamentos; manuais escolares gratuitos e o Encontro da Educação.

Não se percebe, por isso, a acusação que nos fez, a não ser que esta tenha sido motivada pela circunstância de termos recusado a sua proposta para prestar serviços na área tecnológica a este Município. Há pessoas que quando o dinheiro público é para servi-los está tudo bem, mas quando é para servir a comunidade aí "Assim não! Obrigado".

Quanto às acusações concretas que me faz, acusa o senhor professor de termos deixado de apoiar a Educação na fase pandémica, porque não realizámos o Encontro de Educação por Webinar. Não sabemos o sistema de prioridades do senhor professor, mas para nós mais importante dos que os webinares na fase pandémica, foi fazer um levantamento das reais necessidades dos nossos munícipes. Necessidades essas ditadas pela vulnerabilidade social para a qual muitos foram atirados com o fecho das cantinas e para as necessidades tecnológicas de um ensino à distância. Foi assim que chegámos a mais de uma centena de alunos a quem foram atribuídos equipamentos informáticos.

Além da aquisição dos tablets, foi ainda possível apurar quais os alunos a quem fazia falta as refeições escolares, tendo o Município atribuído cabazes alimentares a essas famílias. Mas, segundo o senhor professor, parece que os webinares, seriam mais importantes. Enfim, prioridades...

Quanto aos quadros interativos que o senhor professor chama de obsoletos, levantando falsas acusações de benefício a empresas que serão debatidas e clarificadas, se necessário, nos tribunais, reafirmo que a disponibilização dos referidos quadros foi uma das medidas inovadoras deste executivo, que assim deu corpo à dinamização de projetos educativos atuais nas escolas de 1º ciclo, de forma a incentivar a utilização de práticas educativas inovadoras.

Assim, em 2017, foi oferecido um quadro interativo a cada escola pública do 1º ciclo. Em 2019, foram disponibilizados mais 11 às escolas que tinham, entretanto, implementado projetos, incluindo formação aos professores dessas escolas.

E já que o senhor professor levou as suas críticas até ao nível das sarjetas, informo que os projetos ambientais Eco-Escolas e Escola Azul são projetos dinamizados pelas escolas. O Município é oficialmente parceiro, reconhecendo a importância do programa e assumindo as suas responsabilidades.

O Município reconhece ainda a importância da Escola Azul, que está a ser desenvolvido pela SRE, e que tem como grande objetivo trabalhar temas do mar. Informo que o projeto "O Mar começa Aqui" não é da Escola Azul, mas sim do programa Eco Escolas, e aproveito ainda para explicar que o nosso Município foi dos primeiros a se inscrever este ano e ofereceu, sim senhor, as latas de tinta para efetivar o mesmo.

Como professor, com certeza sabe da importância da gramática e da pontuação. Aqui fica então tudo explicado em português claro e com os devidos pontos nos is.