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Artigo de Opinião

Psiquiatra

16/09/2025 08:00

Um pouco dramático, talvez. Mas para mim é o fim de mais uma etapa. Existiram semanas que me deram muito prazer escrever. Outras que tive de colocar o texto original na gaveta e fazer um segundo texto. Afinal, com o que aconteceu com o Jornal.Sao.Vicente, não é de estranhar que tenha de ter algum cuidado. Podemos detestar ou gostar, aceitar ou perseguir, mas quando acabarem com a liberdade de expressão (e bem tentam), é o fim da pouca liberdade que realmente temos como sociedade.

Este último texto é um agradecimento a todos os que tornaram possíveis todos os textos, desde os colaboradores, dirigentes e ao próprio JM-Madeira, mas também a todos aqueles que inspiraram os textos, mas sobretudo às pessoas que a vida lhes dói demasiado, que ou por sua genética ou eventos de vida, precisam de ajuda para se levantarem novamente.

Não posso deixar de dizer que estes textos, por mais que pareçam uma libertação de opiniões, são também dolorosos e desgastantes, porque a minha mente mantém-se atenta a possíveis contributos que possa ter para os assuntos atuais e de como os conjugar com uma análise e eventual ligação à saúde mental. Como os acontecimentos são demasiados, demasiado repetitivos e uma quase impossibilidade de mudança, decidi que o meu contributo público para a região, nesta forma, terminou.

A única campanha que fiz, a tal repetição desgastante, foi a dos internamentos psiquiátricos para pessoas com subsistemas deixarem de ser pagos, porque as pessoas com subsistema também descontam e não podem ter menos direitos que o resto dos cidadãos do SRS. Quando até com internamentos contra a sua vontade pagam, é inaceitável. Mas pelos vistos é bem aceitável na RAM. Até colocam o pagamento coercivo em tribunal, mesmo sendo ilegal. Se a pessoa não assinou nada, nem a família, nem foi informada dos custos, como pode ser apresentada uma conta? Um serviço que é público, apesar de ser numa instituição privada, porque os internamentos psiquiátricos na RAM são por acordo público nas casas de saúde. Como passaram-se cinco anos e a situação nada mudou, mais uma razão para deixar de ser uma luta minha.

Mas não posso deixar de passar, os eventos que aí vêm. As eleições. Cansado de conversas políticas ocas, promessas que se repetem e só vemos a degradação a continuar, tenho de reforçar que o meu apoio está com a Fátima Aveiro. Já Nuno Morna foi criticado pelo seu belo texto de apoio. Tamanha insensibilidade para perceberem que não ganham partidos, mas pessoas.

Se têm medo de represálias e obrigam-vos a provar que votaram num determinado partido, mandem as ditas fotografias e anulem o voto a seguir. Basta riscarem o boletim de voto. Sim, porque também já tive queixas de pessoas em consulta que tiveram de mandar a foto do boletim de voto para quem lhes fez as ameaças. Se querem mudança, votem diferente, mas não votem em cores, votem em pessoas. Se ainda assim querem votar no passado, inscrevam-se no club, dá pontos e descontos.

Fátima Aveiro para Presidente da Câmara do Funchal. Fátima Aveiro é a liberdade de pensar e agir no futuro do Funchal. A única salvação para o Funchal doente. Com Fátima Aveiro saberemos que existem sem-abrigo no Funchal, que existe miséria e que o turismo desenfreado e proclamado como salvação, é na verdade a nossa destruição. Salvar a Madeira é mudar de cor, mudar de líderes e abraçar a única alternativa, pessoas com formação superior que ainda procuram a diferença.

Obrigado pela oportunidade da escrita destes textos. Longa vida à Liberdade!

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