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Artigo de Opinião

Deputado

11/11/2023 08:00

A tua indagação, sobre ter ficado feliz por o Costa ter deixado o trabalho, mexeu comigo, filha. Mexeu comigo pois mexe com o teu futuro e o futuro de uma geração que, nascida no Portugal do século XXI, vê o socialismo roubar-lhes o direito de crescerem e se realizarem no seu país. Uma geração que é neta da democracia e a quem o seu país lhes castra a esperança de se afirmarem na sua terra. Uma geração que se forma com horizonte noutros países, pois no seu país não encontra saídas para as suas expetativas.

Costa será Primeiro-Ministro quase 9 anos. Quando perdeu as eleições fez um mandato de 4 anos. Depois que as ganhou nunca levou um mandato até ao fim! Normal, entre socialistas. Foi assim com Sócrates e com Guterres. Em quase 29 anos, mais de 22 anos são de governos socialistas e o que deixam às gerações nascidas no século XXI? Uma mão cheia de nada! Um vazio de esperança e de futuro, num país cujo crescimento económico é um desígnio adiado! Um país que se arrasta em casos de compadrio e corrupção, com governantes que usam da violência em gabinetes ministeriais e são apanhados com droga em casa. Um país onde o Chefe de Gabinete do líder do Governo guarda envelopes com dezenas de milhares de euros por entre garrafas de vinho e caixas de livros. Um país que sob a bandeira da causa ambiental e das novas energias soma negócios obscuros, num enredo luxuriante em que nem a APA escapa. Um país em que o Primeiro-Ministro está sob escuta e comprometido com o que de pior há na governação, pelo que nem a demissão de Galamba podia ter aceitado. Um país em que o poder económico e o ultra-luxo se sobrepõem esmagando a classe média trabalhadora, sufocada por impostos e elevado custo de vida.

Tudo isto e pior que isto, leva ao absoluto descrédito da classe política. Faz com que todos os que estão na política sejam olhados de lado e que ninguém acredite na defesa da causa pública, do bem comum ou do superior interesse coletivo. Tudo isto, faz os jovens desacreditarem no trabalho e no poder do mérito, olhando com desprezo para a atividade política. Tudo isto leva-os para longe e deixa-nos mais pobres e envelhecidos. Promove-se a abstenção, dá-se espaço para que os movimentos extremistas cresçam e proliferem e que a tolerância diminua impondo-se o caos social como regra instalada!

Não, filha, não estou feliz. Estou triste, não pelo Costa, mas porque deixamos à tua geração um país socialmente destruído e politicamente desacreditado. Estou triste e pessimista, mas sonho que a tua geração será diferente. Semeio para que colham outros frutos! Hoje estou triste, filha, todavia lutarei para que no futuro possamos sorrir juntos, com a tua geração a fazer melhor que a minha fez!

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