O envelhecimento demográfico também tem vindo a agravar-se. Este facto é bom, pois podemos disfrutar da companhia dos nossos entes queridos por mais tempo. Mas, o envelhecimento precisa de cuidados específicos. Neste sentido, a Universidade da Madeira oferecerá, já no próximo ano letivo, um CTESP em Promoção da Qualidade de Vida e do Bem Estar da Pessoa Idosa. Ofereceremos também uma pós-gradução em Envelhecimento Ativo e Promoção do Bem Estar. Estes dois cursos fazem parte do nosso projeto PRR-Impulso Jovem Steam e Impulso Adulto e, por essa razão, terão bolsas para os estudantes.

Embora ainda não se tenha feito sentir na UMa, uma das consequências do decréscimo demográfico, a diminuição do número de alunos, ela já é uma realidade nas escolas básicas e secundárias da Madeira.

Como forma de combater este problema que rapidamente nos afetará, a UMa está a fazer uma grande oposta na atração de estudantes internacionais. Foi criado o Gabinete do Estudante Internacional que está agora a celebrar um ano de vida. Neste ano de muito trabalho, triplicamos o número de estudantes internacionais (estudantes oriundos de países não europeus) na nossa Universidade (passamos de 57 para 181). Estes alunos são maioritariamente de países da CPLP.

Finda a primeira fase de candidaturas para estudante internacional, para o ano letivo de 2023/2024, contamos com 103 candidatos, 86 ficaram colocados e 68 efetivaram a matrícula. De entre estes 68 estudantes que efetivaram a matrícula, temos, como país de origem, para além dos habituais da CPLP, estudantes do Nepal, Egipto, Tunísia, Rússia, Bielorrússia, Colômbia e India. Neste momento está já aberta a segunda fase de candidatura deste concurso.

Para o próximo ano letivo, temos também a novidade do Ano Zero. Um ano em que os alunos, antes de ingressarem numa licenciatura, mestrado ou CTeSP, fazem um ano pré-universitário, para aprender português, mas também para complementar áreas curriculares necessárias ao bom desempenho da sua licenciatura. A nossa intenção é atrair alunos que naturalmente não viriam estudar para a UMa (porque a maioria dos nossos cursos são lecionados em português) e fidelizá-los à nossa instituição.

Desta forma estamos já a antecipar um cenário para que o decréscimo demográfico não afete a Nossa Universidade. Este afetará a RAM por exemplo em termos de mão de obra qualificada para determinadas áreas laborais. Uma possível solução para este problema passará por encontrar formas de reter estes estudantes internacionais, depois de formados.

Continuaremos a formar cidadãos para o mundo, mas sempre atentos aos problemas que afetam a nossa Região.

Peter Drucker dizia-nos que 'a melhor forma de prever o futuro, é criá-lo'.