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Artigo de Opinião

Antropóloga / Investigadora

13/09/2021 08:00

A cada eleição autárquica, legislativa ou presidencial, olhamos a mesma rotina de sempre: ruas repletas de cartazes eleitorais com imagens de humor e jogos de palavras, alguns até ousados e caricatos; divulgação nas redes sociais e meios de comunicação primordiais para transmissão das suas ideias e divulgação do programa eleitoral. Uma campanha mediática. Candidatos que, alegadamente, garantem estar dispostos a tudo, prometendo um mundo e o outro. E durante dias e dias, assistimos a um jogo de poderes.

Os portugueses voltam às urnas para votar e decidir o futuro das suas autarquias nos próximos quatro anos. Mas a importância das eleições locais tornou-se menorizada e descredibilizada pela população nos últimos tempos, que pensa: "É mais um!".

Não obstante, saliento que o voto é a arma do povo. A liberdade de expressão e o direito ao voto foram emblemas alcançados pelos nossos antecedentes. Custaram demasiado tempo ao povo português até serem conquistados. O voto foi uma vitória alcançada e é um direito e um dever cívico de todos os portugueses!

Na minha perspetiva, as eleições autárquicas são de uma extrema importância, não estivéssemos nós a votar para eleger quem nos vai governar localmente nos próximos anos.

Mas antes de voto, e primeiramente, é fulcral a reflexão no perfil de candidato que pretendemos ver no poder. Independentemente do seu partido político, deverá ser centrado em alguém com o devido sentido de responsabilidade, com uma causa e objetivo central, com transparência e verticalidade. Alguém que cumpra com as promessas e promessas que cita na sua campanha eleitoral e que vá mais longe até com o prometido. Alguém que oiça o cidadão quando este pede para ser ouvido. Alguém que reconheça a importância do trabalho e que lute pelos direitos dos trabalhadores; que defenda o direito do cidadão à educação e à saúde; com um rigor posto à gestão urbana, valorizando os espaços públicos e a atenção dada ao ambiente; com um impulso à democratização da cultura, e que lute pela igualdade e justiça social. Proximidade, competência, abertura para a discussão das políticas locais e atenção às necessidades da população que coordena. E não alguém que coloque os seus interesses pessoais ou profissionais à frente dos da localidade que representa. Um candidato que deverá pautar-se, sobretudo, por valores e pelo o amor à sua pátria e à sua localidade.

Incentivo a todos os candidatos que reflitam sobre o molde da sua candidatura e apelo a todos os eleitores que exerçam, com consciência, o seu direito de voto! ACREDITO numa democracia que valorize os cidadãos.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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