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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

4/05/2022 08:01

Por coerência entende-se uma política cultural sólida, com assiduidade de eventos e com um programa cultural multifacetado que privilegia todas as áreas, desde o património à etnografia, desde a música às artes, desde o folclore à música contemporânea, desde as artes plásticas às artes de palco, passando pelo cinema e pela literatura. Nunca este concelho teve uma tal coerência em termos de programação cultural.

E se não teve coerência também nunca teve uma abrangência capaz de responder a diversos tipos de público e de manifestações culturais, com a responsabilidade social que se exige a qualquer organismo público. A nossa preocupação tem sido a de chegar a todos, e estabelecer pontes com as forças vivas do concelho, sempre com o objetivo de criar novos públicos e de fazer da nossa política cultural um instrumento de coesão e desenvolvimento.

Às entidades públicas exige-se não apenas que façam, mas que façam de forma responsável e sustentada, sobretudo com uma visão multifacetada e com objetivos multiplicadores no que diz respeito à sua missão cultural e educativa. Daí que se tente fazer sempre a ponte com as escolas, parceiro privilegiado da nossa ação cultural, como se viu recentemente na nossa I Feira do Livro.

A Cultura não deve ser olhada de forma simplista na ótica de promover apenas eventos, mas deve também ter subjacente a responsabilidade de uma programação que valorize as manifestações populares, mas também que crie novos hábitos e que cumpra a missão de qualquer ato de cultura, que é o da aprendizagem constante e da abertura a novos conceitos e a novas abordagens. É assim que a par com a promoção e valorização daqueles que são os nossos valores artísticos, temos também criado espaço para o que de bom se faz fora dos nossos limites geográficos, evitando assim uma entropia que é sempre contrária a qualquer progresso, incluindo o progresso cultural e intelectual.

A par da coerência e da abrangência, temos pautado a nossa política cultural pela qualidade, que tem estado presente em todas as nossas realizações, porque nenhum programa cultural se ergue e se afirma sem critérios sólidos de exigência. Ou seja, a nossa política cultural pretende ser um contributo válido para uma sociedade intelectualmente mais evoluída, tanto na aprendizagem e preservação dos nossos valores tradicionais já edificados por um percurso histórico, mas também no conhecimento de tudo o que de qualidade e inovação existe nas mais diversas áreas e manifestações artísticas.

É com este panorama e com estes eixos que pretendemos dar continuidade ao nosso programa cultural e ao investimento numa área que consideramos vital para termos um concelho capaz de enfrentar o presente e o futuro. A cultura é um vetor essencial de desenvolvimento, e uma sociedade com mais cultura e mais conhecimento é necessariamente uma sociedade melhor preparada, mais livre e mais elevada.

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