Honra seja feita aos órgãos de justiça criminal que contra muitas correntes têm feito algum trabalho produtivo no sentido de engaiolar alguns ainda poucos donos disto tudo….
Para sobreviver, o sector da banca em consequência da troika e dos escândalos financeiros a ela associados; obteve fortes apoios do Estado e dos Portugueses, teve necessidade de profundas reestruturações na sua funcionalidade, na sua orgânica e no seu modo de funcionamento.
Encerraram agências, despediram funcionários, prejudicaram clientes sobretudo os mais velhos e os que vivem em lugares mais recônditos.
Uma das consequências na Região Autónoma da Madeira foi que os bancos deixaram de ter qualquer autonomia seja ela administrativa, financeira e ou de decisão ao nível de atribuição de empréstimos às empresas e ou aos particulares.
Os bancos tratam a Região Autónoma da Madeira como uma província que é o termo que se usa em Espanha, onde alguns dos bancos têm sede.
Os bancos que funcionam na Madeira demonstram total desprezo pela nossa economia, total desprezo pelas nossas empresas, total desprezo pelas famílias suas clientes, total desprezo pelos jovens casais e total desprezo pelas entidades regionais.
Ou seja, tudo é decidido nos serviços centrais dos bancos em Lisboa ou além dela, por gente que, alguns deles nunca andaram de avião e nem sabem onde fica a Madeira no mapa.
Esta banca vive à custa do orçamento de Estado, dos juros, dos empréstimos, e à custa também dos impostos dos madeirenses; trata-nos como se fossemos uma região de terceira localização geográfica.
Mal assalariados os funcionários, incompetentes, arrogantes inconsistentes e mal preparados vão obedecendo e ditando as suas regrazinhas burocráticas bem à maneira portuguesa no sentido de ir exigindo e deixando de imediato de exigir mais um papel e mais uma licença e mais uma declaração.
Qualquer dia para emprestar dinheiro para comprar casa os bancos vão nos pedir a medido da cintura para os homens e a medida do peito para as mulheres; e para ambos o número do pé!
Os senhores(as) funcionários(as) bancários que ainda restam, todos engravatados e elas com vestidos de lojas "pret à porter" por detrás dos biombos e bem encadeirados atendem-nos à vez.
Defendidos pelos acrílicos covid-19, a maior parte deles vão manuseando computadores enquanto um só nos atende.
Em tempos havia funcionários bancários cuja função era exclusivamente apostar as nossas poupanças nas bolsas do oriente!
Agora com tanta gente sentada sem fazer nada e um só a atender, o que farão?
As plataformas legais associadas a estes bancos, dentro das suas incompetências e exigências põem em causa documentos notariais, registais, fiscais e camarários, sobrepõem-se à Lei, sobrepõem-se aos Notários, aos Conservadores, às Câmaras Municipais e aos serviços tributários de Portugal.
O resultado de tudo isto é que a banca atualmente em Portugal concentrou todos os seus serviços em Lisboa, não respeita as autonomias das regiões autónomas, não respeita a sua economia, não respeita o sector empresarial e não respeita o povo da Madeira concretamente.
O sector da banca em Portugal continua a ter como sempre teve, o beneplácito do Banco de Portugal e das entidades reguladoras, para fazer o que quer, concretamente exigir, deixar de exigir, burocratizar, decidir, emprestar, executar, aplicar regras, destratar, contratar, despromover.
A banca em Portugal é prepotente exigente não dialogante centralizadora grandemente responsável pelo estrangulamento da economia regional que se aproxima, seja a nível empresarial seja a nível pessoal e dos empréstimos para aquisição de casa própria.
A banca em Portugal está a fabricar mais rendeiros, mais espírito santos e mais donos disto tudo.
Vai continuar a haver comissões parlamentares de inquérito e novamente não vai dar em nada!
Portugal infelizmente é assim!