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Artigo de Opinião

4/01/2021 08:00

Pouco mais haverá a dizer a propósito deste maldito vírus que virou o mundo ao contrário e resta-nos, agora, aprender a viver nesta realidade e sermos cidadãos ativos e responsáveis na luta contra a sua propagação. Isto em nome da nossa saúde, mas também da dos outros.

Neste que é o primeiro artigo de 2021, do tal ano novo que dá os seus primeiros passos, poderia falar sobre a TAP e do seu CEO, que duplicou o seu ordenado em detrimento dos vencimentos mais baixos e numa empresa já totalmente falida.

Poderia também escrever sobre o recente assassinato de Ihor Homenyukno, no Aeroporto de Lisboa, onde o SEF e a Polícia - que supostamente deviam defendê-lo - espancaram-no até à morte.

E desenganem-se os que pensam que o caso teve alguma repercussão ou consequência, já que a agora Ex Chefe do SEF, logo após a sua demissão, já fez as malas para um alto cargo em Londres com Ordenado de 12 mil euros mês!

Poderia também ter escolhido escrever, neste primeiro artigo de 2021, sobre o Centro Internacional de Negócios e na sua vil tentativa de assassínio por parte do Partido Socialista e, particularmente, do Primeiro Ministro António Costa!

Ou então podia ter optado por falar sobre Pedrogão Grande, sobretudo na perspetiva das dezenas de vidas que foram ali perdidas e da total falta de responsabilidade, solidariedade e incapacidade do Governo de Costa, que, também neste caso, sacudiu a água do capote culpabilizando o SIRESP. Tal como aconteceu no processo Borba, onde a culpa morreu, também, solteira.

Assuntos não faltam, portanto.

Lembremos o caso Tancos, um enredo que já mais parece uma novela ao melhor estilo do drama, da contradição, da mentira e das mentiras e omissões que deu...que deu em nada!

Lembremos agora e mais recentemente, já com Costa no seu segundo mandato, a transferência de 850 milhões de euros para o novo Banco, em plena pandemia da COVID19 e numa altura em que este dinheiro fazia tanta falta a Portugal, não só para combater e conter o vírus, mas, sobretudo, para apoiar a necessária recuperação da economia.

Tem piada a celeridade do apoio à Banca, por oposição e contraste à falta de resposta e de vergonha de sempre de um Governo central que não muda para com a Madeira e que infelizmente tende a piorar.

Mas não, não foi nada disto o que escolhi. Como primeiro artigo de 2021, achei muito mais importante e fundamental olhar para a Madeira e para nós mesmos, até porque antes de olhar para fora importa que sejamos capazes de tratar, primeiro, dos nossos problemas.

Lembrar o quanto fomos mais uma vez lutadores em 2020, contra este vírus que agora ainda exige um pouco mais de esforço. Individual e coletivo.

Não sendo fácil, é da maior importância que todos continuemos nesta luta contra o COVID-19, conscientes de que este ano será extremamente exigente tanto do ponto de vista sanitário e social quanto do ponto de vista económico e que apenas em conjunto e com a ajuda do Governo Regional é que será possível dar a volta a toda esta situação.

Não podemos criticar os outros quando não olhamos para nós próprios, sobretudo numa altura que a política acaba desacreditada em função de alguns protagonistas sem visão, sem palavra e, claro, sem compromisso.

A política só se cumpre se implicar o melhor para a população e nota-se ao longe os que trabalham em prol do bem comum e os que se escondem atrás de redes socias criticando tudo e todos, sendo entendidos em todas as matérias, embora incapazes de fazer seja lá o que for por alguém.

Acham que tirar uma selfie ou postar umas fotos nas redes sociais já é suficiente para terem a sua vida resolvida ou seu lugar assegurado.

Em si ou sozinhas, as redes sociais não resolvem os problemas. As redes sociais devem ser sempre encaradas como importante complemento à ação no terreno e ao contacto com o povo e, não, como rampa de promoções pessoais ou de exaltação de egos.

Ainda que continuando a respeitar as regras das autoridades de saúde, a proximidade ao nosso povo tem de existir e reforçar-se e é também nisso que devemos apostar, estando certos de que a realidade mudou e de que nada será como dantes. Mas há sempre solução.

Temos pela frente um árduo caminho a percorrer e mais do que nunca precisamos de estar juntos e motivados a fazer, como sempre, o que for melhor pela nossa Madeira e em nome de todos os Madeirenses.

A todos Desejo um Feliz ano Novo!

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