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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

27/07/2022 08:01

Mas não, Santa Cruz não tem os problemas que querem fazer crer.

O que acontece é que este concelho está na mira dos que perderam o poder em 2013, que voltaram a ser derrotados em 2017, e que foram mais uma vez derrotados em 2021. Mas, no caso de Santa Cruz, não podemos limitar tudo a uma disputa pelo poder, pois essa é uma visão simplista e que não justifica o desfile de críticas mirabolantes, de verdades alternativas e de mentiras descaradas com as quais os nossos opositores julgam abafar a realidade do que aqui se passa.

O que incomoda é bem maior e, pasme-se, é positivo e não negativo.

Quando aqui chegámos em 2013 (sei que não gostam que se fale do passado) recebemos uma câmara falida, um concelho com atrasos estruturais graves, uma população que não tinha um único programa de apoio, e uma terra que era de passagem a caminho do aeroporto. Aqui não se passava absolutamente nada. Nem as rotundas deitavam água.

Num tempo recorde, recuperámos financeiramente, lançamos mão a obras estruturais nas perdas de água, no saneamento básico, na recolha de resíduos, na reabilitação urbana, nos programas sociais, e num ambicioso programa cultural e de eventos que melhoraram a atratividade deste concelho e que hoje o tornam paragem obrigatória.

Assim de repente, não só os santacruzenses pagam o que devem, como têm hoje o lugar que merecem como segundo polo turístico e segundo concelho da Região.

Os santacruzenses passaram a ter apoios na saúde, na educação, na reabilitação das habitações, na emergência social.

Os santacruzenses passaram a ter uma imagem, uma marca e um hino. Passaram a ter orgulho.

Passaram a ter um sistema de recolha de resíduos mais eficiente, mais reciclagem, um ecocentro, ilhas ecológicas, um programa de eficiência energética.

Os santacruzenses passaram a ter um cartaz de Natal, a sua Festa da Flor, um festival de curtas metragens que hoje é imitado por outros concelhos, e uma Feira do Livro.

Como se vê, nada disto é ficcional. É a realidade de um concelho que estava paralisado em 2013 e que, em apenas nove anos, mexe e põe a mexer.

E ainda aqui vamos porque à semelhança do que já se fez nos Reis Magos e no Largo da Achada, está em curso um programa ambicioso de tornar os nossos espaços públicos mais atrativos e mais agradáveis para quem aqui vive.

Estas são as verdadeiras razões do incómodo. Estas são as verdadeiras razões do destaque, das críticas, dos ataques. Não é apenas um projeto de poder, é o reconhecimento de que será difícil recuperarem o poder que perderam.

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