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Artigo de Opinião

Directora Business Development

8/11/2021 08:00

O nascimento do reino de Portugal, teve lugar a 5 de Outubro de 1143, com a assinatura do Tratado de Zamora, após a vitória na Batalha de Ourique, que deu inicio à Dinastia Afonsina, levando D. Afonso Henriques a ser proclamado primeiro rei de Portugal, sob o cognome (ou alcunha) de "O Conquistador". E assim nasceu o nosso país, entre lutas e batalhas, mouros e espanhóis, sempre enfrentamos a luta para protegermos o nosso país, defendendo as nossas fronteiras desde então.

As nossas quatro dinastias, ao longo dos 767 anos de monarquia (entre 1143 e 1910), foram marcadas por monarcas de grande bravura e espírito, que sempre levaram Portugal mais além e com grandes feitos, próprios de um domínio monárquico das grandes casas reais europeias. Apesar de pequeno, Portugal ficou marcado como um grande nome na história do mundo - abrimos mares e demos início à globalização. Unimos mundos distantes e espalhamos a nossa língua pelo mundo, onde hoje somos cerca de 273 milhões o número de falantes do português, contra, por exemplo, 29 milhões da língua holandesa no mundo.

Após 1910, Portugal viveu a implantação da 1a República, com Teófilo de Braga a dirigir o destino do país, após a aprovação da nossa Constituição em 1911 - era o fim da monarquia constitucional. Assim nasceu o nosso hino nacional, a nossa bandeira e a nossa moeda. Estava então implantado um regime republicano, num Portugal pobre e fraco, subjugado a um período difícil da história europeia de então.

A ditadura militar em 1926 e a aprovação do Estado Novo em 1933, levaram António Oliveira Salazar a chefiar o nosso país durante quase 40 anos, sob um regime obscuro e fechado, de punho forte, que levaram Portugal a um acanhamento generalizado, com uma forte ligação à igreja católica, que limitava o conhecimento e impedia o progresso. Ao contrário de outros ditadores da altura, Francisco Franco em Espanha e Benito Mussolini em Itália, Salazar protege sempre Portugal da entrada nas grandes guerras mundiais. Apesar da sua figura quase que digna de um actor de Hollywood, Salazar era um homem pacato e geria Portugal à luz da sua modéstia, com o bom e mau que isso acarretou - se tivesse que lhe atribuir um cognome seria com certeza, Salazar "o Provinciano".

Com a chegada da democracia em 1974, chegam também os sonhos de um país livre, o querer apagar os anos de medo, as utopias da igualdade e o nascimento dos partidos políticos à luz de uma Europa fragilizada pelas grandes guerras, mas que lutava contra essa fragilidade, apostando forte na educação e nas suas economias.

A nossa democracia não é mais criança, a nossa democracia cresceu e fez-se adulta. Com os seus 47 anos, continua a dar passos incertos e inseguros. A nossa democracia continua sem entender que o voto é a nossa maior resposta para o Portugal mais actual, mais dinâmico, um Portugal que valoriza e acarinha o mérito. A nossa democracia está amarrada numa teia de ganância pelo poder, onde todas as acrobacias políticas são válidas, para um poder absoluto, não muito diferente de outros tempos. As políticas sociais são usadas contra os pagadores de impostos, numa táctica de embrutecer a nossa sociedade e de subjugar uma grande parte dos portugueses a uma dependência financeira do Estado de forma insustentável. Se não mudarmos o rumo desta trajectória, pagaremos o preço de tal infâmia. A hora de mudar é agora e nas eleições de Janeiro de 2022, temos o dever de votar por um Portugal melhor do que temos - está nas nossas mãos o poder dessa mudança.

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