Foi anexado pela Rússia bolchevista, juntamente com a Geórgia e o Azerbaijão desde março de 1929 até 1936. A igreja sofreu dura perseguição da parte de Estaline e foi restaurada quando o cristão Vasken I assumiu as suas funções em 1955. Foi construído um memorial, a União Soviética fragmentou-se e a Arménia restabeleceu a sua independência.
A população da Arménia tem cerca de mais ou menos cinco milhões de cristãos e, na diáspora, cerca de oito a nove milhões tem um alfabeto e uma língua própria que provém do ano 406, atribuído a São Mesrobes Mastósio. A religião predominante é o cristianismo, praticado por cerca de 98,7% da população. É um país semeado de igrejas, abadias, mosteiros bem conservados e muito visitados.
A Arménia continuava o antigo Império Romano, a Ásia Menor. Desde o princípio foi enriquecida com pregadores do Evangelho de maneira a ser denominada Igreja Apostólica Arménia, com forte vida religiosa em Erevan, onde se encontra também a Igreja Católica, a Evangélica e os curdos, além do islamismo sunita e da comunidade judaica, tendo os arménios emigrado em grande número para Israel, principalmente após o genocídio que vitimou o povo arménio que vivia em Istanbul.
Por causa desta terrível mortandade que, segundo alguns, supera um milhão e meio de pessoas, todos os anos no dia 24 de abril, tanto em Jerusalém como noutros países do mundo, onde se encontram arménios, realizam-se marchas de luto e de pesar pelo genocídio.
Anteriormente, na Turquia, o sultão ordenou a perseguição e a morte de 500.000 arménios, sendo conhecido como o sultão sangrento.
A 24 de abril de 1915 cerca de 600 intelectuais foram presos e exterminados pelas autoridades otomanas. Os arménios que viviam na Anatólia (Turquia) começaram a ser deportados, perdendo as suas casas e bens dando origem a um processo que terminou por um genocídio.
O povo arménio não esquece todo este longo sofrimento de alguns
dos seus filhos, exige que a humanidade os não esqueça e não julgue que se trata do resultado de uma guerra.
A Arménia recorda ter sido a primeira nação a adotar o cristianismo como sua religião oficial, no ano 301, com São Gregório o Iluminador, antes do imperador Constantino conceder a paz à Igreja no Império Romano em 113.
Em Jerusalém, os arménios ocupam um quarteirão na colina do Monte Sião, onde se estabeleceu a igreja nascente, se encontrava o Cenáculo, desceu o Espírito Santo, vivia a família de Jesus após o Senhor ter subido ao céu e, São Lucas visitou, para consultar a Virgem Maria, os seus familiares e escrever o evangelho da Infância de Jesus. São Tiago Menor, padroeiro do Funchal, também como bispo de Jerusalém vivia nesta colina, onde os arménios se encontram. A tradição arménia da época do imperador Constantino, afirma que a sua igreja foi dada por Santa Helena. Na história da Igreja, um dos santos muito conhecido, com paróquias na Madeira e no continente, é São Brás, bispo de Sebaste, na costa da Arménia, junto do Mar Negro, santo invocado para as doenças da garganta, sendo muito popular em todo mundo. A Arménia tem uma relação com a Bíblia (Genesis 8,1) a propósito do dilúvio, dizendo que a arca encalhou nos montes Ararat, habitualmente colocados na Arménia. Quando visitei a Arménia, país que bem merece uma visita, não tive o prazer de ver ao longe o majestoso Ararat, devido ao nevoeiro. Julgo que o povo Arménio deve defender o seu monte, ao menos para atrair e alegrar os turistas.
Para os portugueses, é bem conhecido o nome Gulbenkian, o arménio da grande cultura, amigo de Salazar, que nos legou um grande espólio artístico e uma Fundação admirável para o enriquecimento do espírito. Os franceses também se alegram e comovem com a voz admirável de Charles Aznavour, que ressoou nos palcos de toda a Europa e tantos países do mundo.
Com a chegada da Semana Santa e Tempo Pascal, os arménios de Jerusalém recebem muitos peregrinos e, como sofreram tanto sob os sovietes, não esquecem e devem orar pela Paz, tanto na Ucrânia como na sua pátria e em todo Universo.