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Artigo de Opinião

15/10/2025 08:00

A vida política e económica de um país e de uma região, é pautada pela sua estratégia e pela sua viabilidade. Mais do que um mero exercício contabilístico, o Orçamento traduz em números e em prática a visão estratégica do Governo para o futuro da nação. É nele que se definem as prioridades, os investimentos, os apoios e as políticas públicas que moldam o desenvolvimento económico, social e territorial.

Todos os anos, por esta altura, o país e, posteriormente as regiões autónomas e os municípios voltam a debater-se com números, previsões e metas, procurando definir a estratégia económica mais frutífera e sustentável. Fala-se de défice, de investimento público, de impostos e do consequente crescimento económico. Contudo, o Orçamento de Estado é muito mais do que isso: é o espelho da forma como um país ou uma região pretende cuidar de si mesmo.

A não aprovação de um orçamento não é apenas uma divergência política — é uma travagem impetuosa no desenvolvimento. Adiar projetos, suspender medidas estruturais e comprometer a confiança de investidores, famílias e empresas são consequências diretas dessa instabilidade. Num contexto global de incerteza, com desafios como a inflação, a transição energética, as tensões comerciais e a competitividade internacional, a estabilidade é um bem precioso. E essa estabilidade começa com um orçamento aprovado e exequível.

Um orçamento responsável deve equilibrar três dimensões estruturais: o rigor orçamental, a capacidade de estimular a produtividade através de incentivos e apoios, e a promoção de um crescimento económico sustentável. Deve, simultaneamente, responder às exigências do presente, preparando o futuro com investimento na inovação, na educação e na coesão territorial.

A sua aprovação é, por isso, um ato de responsabilidade coletiva. Exige diálogo com todos os parceiros de concertação social, maturidade política e sentido de Estado, num compromisso que ultrapassa affairs ideológicos. O que está em causa é o serviço público, o bem-estar dos cidadãos e a defesa da honra de uma nação e de uma região com olhos postos no progresso e no desenvolvimento.

Um país consciente desta realidade demonstra solidez, estabilidade e credibilidade, fatores decisivos para atrair investimento e reforçar a confiança interna e externa.

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