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Artigo de Opinião

9/01/2022 07:00

Em conjunto com Estados-Membros, instituições da UE, organizações da sociedade civil e jovens, a Comissão Europeia irá organizar um conjunto de atividades ao longo do ano, a nível local, regional, nacional e internacional, inclusive com jovens de fora da UE, e contará com um orçamento de cerca de 10 milhões de euros.

Porque importa envolver os jovens no projeto europeu e fazer ouvir a sua voz, o Ano Europeu da Juventude assenta em quatro objetivos principais:

a.pretende honrar e apoiar os jovens lesados pela pandemia, redobrando-lhes a força, confiança e esperança no futuro, com foco nas oportunidades e perspectivas renovadas que as transições ambiental e digital oferecem;

b.incentivar todos os jovens, em especial aqueles provenientes de zonas mais afastadas da placa continental, como os jovens madeirenses e açorianos, a tornarem-se cidadãos ativos e agentes de mudança positiva, capacitando-os através da aquisição de conhecimentos e competências relevantes, em linha com os desafios do presente e do futuro;

c.promover as oportunidades oferecidas pelas políticas da UE, tais como o programa Erasmus+, o Corpo Europeu de Solidariedade, a Garantia para a Juventude e a Iniciativa para o Emprego dos jovens, de forma a apoiar o seu desenvolvimento pessoal, social e profissional nas diferentes fases da vida em que se encontrem;

d.e por último, mas não menos importante, porque a União Europeia faz-se com e para todos e é um projeto dinâmico em constante evolução e aprendizagem, deve inspirar-se na visão e perspectivas dos jovens para reforçar o projeto comum da UE, através da Conferência do Futuro da Europa.

As políticas de juventude têm de ser integradas em todos os domínios políticos pertinentes da UE, conforme a Estratégia da UE para a Juventude 2019-2027. Só assim asseguramos que a perspetiva dos jovens é tida em conta em todos os níveis do processo de tomada de decisão da UE. Porque as decisões que se tomam hoje implicarão as suas vidas durante várias décadas, os jovens devem ser incluídos em todos os processos deliberativos. Aqui destaco o exemplo do PS Madeira, quando em 2019 elegeu um jovem representante nos três parlamentos : no Parlamento Europeu; na Assembleia Regional, com a Marina Barbosa, atualmente substituída por outra jovem, a Sara Silva; e finalmente na Assembleia da República, com o Olavo Câmara, jovem deputado que tão bem representou não apenas os jovens, mas os interesses dos madeirenses e portugueses em geral e que agora, infelizmente, finda o seu mandato.

Mas mais do que palavras, temos de passar aos actos. No trabalho que desenvolvo, destaco duas iniciativas que visam alcançar os objetivos definidos para este ano 2022 em matéria de Juventude: o Roteiro Geração Madeira, uma iniciativa que visa discutir e debater a nível local as temáticas europeias; e o Concurso Europe Calling, uma iniciativa dirigida aos estudantes do ensino secundário, que pretende motivar a sua participação através da realização de um pequeno vídeo promocional, este ano sob o tema da Conferência sobre o Futuro da Europa e o que ambicionam para o futuro do projeto europeu.

A nível nacional, as eleições do próximo dia 30 de janeiro serão um importante momento de reafirmação da necessidade de dar resposta às aspirações das novas gerações. É fundamental que os partidos políticos, os deputados e o próximo Governo sejam capazes não só de impulsionar a recuperação do país, fortemente apoiada por fundos da União Europeia, mas também a sua transformação, através de reformas estruturais capazes de garantir o cumprimento de direitos fundamentais como a educação de qualidade para todos, a habitação para os mais jovens, a valorização dos seus rendimentos e o combate às desigualdades, traduzidas entre as novas gerações no abandono escolar precoce e na pobreza infantil. Felizmente, no programa eleitoral do PS encontramos medidas concretas que respondem a estes desafios.

A esse propósito, para quando uma Conferência sobre o Futuro da Madeira? Ainda esta semana recordei à Comissão Europeia os elevados níveis de pobreza na Região, os mais altos do país, e a necessidade de encontrarmos novas respostas. Sabemos também que perdemos 6,4% da população nos últimos 10 anos. Não deveríamos repensar as nossas medidas e começar a ouvir e a apostar nos nossos jovens?

São estes alguns dos desafios a que precisamos de dar resposta e contamos com a participação de todos, em especial dos mais jovens, para juntos construirmos o nosso futuro.

Sara Cerdas escreve
ao domingo, de 4 em 4 semanas

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