O SANAS Madeira marcou presença, nos últimos dias, numa conferência internacional em Londres dedicada ao futuro dos sistemas de busca e salvamento marítimo (SAR). No encontro, organizações internacionais destacaram a urgência de avaliar a eficácia do atual sistema global de SAR e de identificar fragilidades que possam comprometer respostas rápidas, equitativas e eficientes.
A comitiva madeirense - a única representante de Portugal - integrou o Comandante Operacional do SANAS, Ângelo Abreu, que participou como orador, apresentando a realidade operacional da Região Autónoma da Madeira.
Entre os exemplos destacados esteve o simulacro de larga escala realizado a bordo do navio “Lobo Marinho”, que testou a capacidade de resposta a um cenário de desastre marítimo. Coube ao responsável do SANAS detalhar os procedimentos postos em prática e a articulação entre várias entidades de proteção civil, incluindo a Autoridade Marítima Nacional, o Serviço Regional de Proteção Civil, através do CROS e do SEMER, a PSP, a GNR, as Forças Armadas, bem como diversos organismos públicos e privados envolvidos no socorro marítimo.
A apresentação evidenciou operações como evacuação simulada, resgate aéreo por helicóptero, resgate terrestre e triagem de sobreviventes em instalações de emergência.
Com esta participação, a Associação de Socorro no Mar da Madeira reforçou a visibilidade do trabalho desenvolvido na Zona Marítima da Madeira, demonstrando a capacidade regional para atuar em situações de catástrofe, incluindo grandes acidentes a bordo de navios ou ocorridos na orla marítima do arquipélago.
Para dar resposta a estas preocupações, a International Maritime Rescue Federation (IMRF), em colaboração com a Lloyd’s Register Foundation e a SeaFocus, lançou a Global Maritime SAR Systems Review, uma iniciativa internacional destinada a avaliar as capacidades de SAR a nível local, nacional e internacional.
O projeto, iniciado em junho de 2025 e com conclusão prevista para janeiro de 2027, resultará num relatório global que irá destacar riscos, oportunidades e recomendações baseadas em evidência, com o objetivo de reforçar a coordenação, a capacidade e o alinhamento de políticas em todo o ecossistema marítimo de busca e salvamento.