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Apagão deixou Madeira às escuras

JM-Madeira

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Data de publicação
28 Março 2021
5:00

Durou cerca de duas horas, um corte geral de eletricidade que afetou mais de 230 mil consumidores e deixou uma ilha inteira às escuras.

A ilha da Madeira foi ontem à noite afetada por um apagão geral, devido à tempestade que assolou o arquipélago durante todo o dia de ontem. A falha de energia afetou toda a ilha, com exceção do Porto Santo.

Na sequência de uma descarga elétrica sobre a linha de transporte de 60 KV entre a Calheta e o Funchal, que provocou diversos danos, o sistema na Central Térmica da Vitória foi abaixo, ontem à noite, aproximadamente pelas 20h40, indicou fonte da vice-presidência do Governo Regional.

Os técnicos da Empresa de Eletricidade estiveram a reparar os danos e a tentar arrancar todo o sistema, com a situação a ser reposta aos poucos. Pelas 23 horas, já grande parte da eletricidade se encontrava reposta na cidade do Funchal, mas algumas localidades ainda se encontravam sem luz.

O corte geral de eletricidade afetou também as telecomunicações na ilha, e na sequência do apagão, os bombeiros das duas corporações do Funchal estiveram envolvidos em várias dezenas de ocorrências, sobretudo devido a inundações e pequenos incêndios em instalações elétricas, embora sem vítimas a assinalar. Os bombeiros foram também chamados a socorrer várias pessoas que ficaram presas em elevadores.

Ao longo da noite, os operacionais continuaram envolvidos em operações da limpeza e sinalização de vias devido à queda de pedras e inundações, o mesmo ocorrendo com outras corporações da região. Devido ao elevado número de ocorrências, a Cruz Vermelha foi acionada nos meios de socorro pré-hospitalares para que os bombeiros fossem libertados para acudir aos pedidos da população na cidade do Funchal.

Pouco depois das 23 horas, o presidente do Governo Regional falou aos jornalistas no Serviço Regional de Proteção Civil, para onde se deslocou a fim de acompanhar a situação. De acordo com o presidente do executivo, foram registadas "entre 80 a 90 ocorrências" devido ao mau tempo, "felizmente sem danos pessoais".

De acordo com Miguel Albuquerque, pessoas de quatro casas já foram realojadas pela Proteção Civil e Segurança Social, tendo estas sofrido apenas danos patrimoniais nas suas habitações.

O presidente do Governo afirmou que "já está habituado" a lidar com situações destas e pediu às pessoas que "não desfrutem das belezas da Madeira este domingo", permanecendo em casa por motivos de segurança, devido à "instabilidade do tempo e das veredas onde podem ocorrer derrocadas".

Já José Dias, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, revelou que ainda vão permanecer 40 operacionais em missões de reconhecimento no Funchal para garantir a segurança da população.

Por Paulo Graça e Marco Milho

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