Em vésperas de Natal, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) alerta que a solidão é considerada um dos grandes desafios da nossa sociedade e um problema global de Saúde Pública. Pede, por isso, ao governo que o combate à solidão se torne uma prioridade de saúde pública.
Num policy brief dirigido a decisores políticos, a OPP lembra que a solidão não tem apenas efeitos negativos na nossa Saúde, bem-estar e qualidade de vida. Tem também um impacto real na economia e na sociedade.
A solidão pode causar maior perda de produtividade (menor capacidade de concentração e motivação, mais baixas médicas, maior absentismo e presentismo e mais custos para as empresas), maior vulnerabilidade económica (maior risco de ficar desempregado e dificuldades em manter o emprego, sobretudo quando existem problemas de Saúde Psicológica), maiores custos em Saúde (mais consultas médicas, mais hospitalizações, mais idas à urgência e mais gastos com medicação), maior risco de exclusão social (isolamento e afastamento da vida comunitária, diminuição da participação cívica, cultural e política) e menor coesão social (quando as pessoas se sentem solitárias, envolvem-se menos na comunidade, diminuindo as redes de apoio social, a solidariedade e a coesão).