MADEIRA Meteorologia

Médio Oriente: Ataques de Israel em Gaza “são preocupantes” e merecem condenação

Data de publicação
19 Março 2025
19:07

O primeiro-ministro considerou hoje preocupantes os ataques do exército israelita na Faixa de Gaza, sublinhando que o Governo português tem condenado as ofensivas israelitas “desde a primeira hora”.

Na resposta a Marisa Matias, deputada do BE, no debate preparatório do Conselho Europeu, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que os “ataques que Israel tem feito em Gaza são preocupantes”, mereceram “a condenação do Governo português desde a primeira hora” e que, sobre essa matéria, o executivo “não tem silenciado coisa nenhuma” - ao contrário do que foi alegado pela deputada bloquista.

“Temos apelado e reiteramos a que se respeitem os termos do acordo de cessar-fogo e que se possa passar mesmo à segunda fase desse acordo, que possa existir um fim imediato de todas as hostilidades, que possa assegurar-se a proteção dos civis, que possa restaurar-se o acesso pleno e total à ajuda humanitária e à libertação de todos os reféns”, acrescentou.

Na mesma resposta, Montenegro, que respondia também a uma intervenção anterior do socialista João Paulo Rebelo, sublinhou que o Governo defende a “coexistência de um Estado de Israel com um Estado da Palestina” e que essa tem sido a posição assumida quer perante os protagonistas deste conflito, quer na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A bloquista Marisa Matias tinha questionado o primeiro-ministro sobre se, perante o que chamou de “529 dias de genocídio, todos documentados” em Gaza, iria “quebrar o silêncio” e “agir com sanções e com embargo de armas” e não “apenas lamentar” as mortes.

“Mesmo em tempos de paz, como lhe chama a União Europeia e o governo português, antes de 7 de outubro foram mortos 238 palestinianos, dos quais 44 crianças, só em 9 meses. São 529 dias de genocídio, todos documentados”, disse a deputada bloquista.

Pelo PS, João Paulo Rebelo considerou uma vergonha o que se está a passar na Palestina e no Médio Oriente, recordando que os socialistas propuseram recentemente que o Governo reconhecesse o Estado da Palestina.

“O Governo perdeu a oportunidade. (...) Era reconhecer o lado da decência e estar contra a barbárie”, criticou.

Rui Tavares, do Livre, questionou Montenegro sobre a posição do Governo relativamente à possibilidade de emissão de uma dívida comum europeia para o financiamento da defesa da União Europeia, e o primeiro-ministro reiterou que o Governo é favorável a essa emissão, mas sublinhou que essa é uma “matéria que não está ainda consensualizada no âmbito do Conselho Europeu”.

Luís Montenegro, numa resposta posterior à deputada do PCP Paula Santos - que havia questionado o Governo sobre se pretendia abdicar do reforço do Estado social para fortalecer “verbas para o armamento - reiterou também que está “fora de hipótese” o desvio de fundos destinados às despesas sociais para o investimento em defesa.

“Está completamente fora de hipótese. Portanto, nós faremos o nosso investimento na área da defesa, não prejudicando de maneira nenhuma esses investimentos”, respondeu.

Em resposta à deputada única do PAN, Inês Sousa Real, o primeiro-ministro assegurou que o aumento do investimento em defesa não significará a desvalorização das questões ambientais.

Montenegro respondeu a Inês Sousa Real sobre uma questão que antes já tinha sido colocada pelo BE, com ambos os partidos a acusarem a Hungria de retrocessos nos direitos das mulheres e da comunidade LGBT.

“O governo português não tem nenhum problema em afirmar que está do lado do direito das mulheres e de todos os direitos de personalidade, dos direitos, liberdades e garantias de todos os cidadãos. Em Portugal não há essa querela, eu sei que pode até lançar o tema na campanha eleitoral”, disse.

A despedida do último plenário da XVI legislatura – o parlamento vai ser dissolvido na quinta-feira, entrando em funcionamento a Comissão Permanente -, coube ao vice-presidente da mesa da IL, Rodrigo Saraiva, que estava a dirigir os trabalhos, agradecendo a todos os funcionários que fazem funcionar a Assembleia da República, aos jornalistas, membros do Governo e deputados.

“Voltem ou não, agora é o tempo de o povo falar e veremos o que é que eles decidem”, afirmou, recebendo aplausos das bancadas do PSD, PS, IL e CDS-PP.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas