MADEIRA Meteorologia

Legislativas: Jornais destacam hecatombe no PS e país a seguir tendência internacional

Data de publicação
19 Maio 2025
8:04

Os jornais impressos focam-se hoje, nos seus editoriais, na queda do PS e demissão do secretário-geral, Pedro Nuno Santos, e na subida do Chega, afirmando que Portugal está a seguir a tendência internacional.

A AD - Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de domingo, com 89 deputados, se se juntarem os três eleitos pela coligação AD com o PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o parlamento, 58.

O diretor do Diário de Notícias, Filipe Alves, escreve no editorial que os resultados mostram um terramoto político. “De agora em diante, o líder do Chega será a principal figura da oposição e quem passa a estar condicionado é o PS”, acrescenta.

Para Alves, “o PS está entre a espada e a parede: se não viabilizar o Governo da AD, estará a entregar o país ao Chega, numa altura em que Portugal acompanha uma tendência internacional de forte subida de movimentos populistas e antieuropeus”.

O diretor defende que o “melhor que o PS pode fazer, neste momento, é reorganizar-se com uma nova liderança, sarar as feridas e preparar a próxima batalha, sob pena de vir a seguir o caminho do PS francês ou do SPD alemão”.

Alves equaciona ainda o possível impacto do “forte crescimento do Chega” nas prioridades do próximo Governo.

“Que vitória é esta?” pergunta o JN, em editorial, salientando o “corte com a realidade política do Portugal pós-25 de Abril: o país centrado em dois grandes partidos, PSD e PS, desapareceu, emergindo um Portugal (mais) tripartido, com os extremistas do Chega em sentido ascendente desde que se submeteram pela primeira vez a votos”.

Notando o aumento das bancadas com apenas um deputado, o jornal escreve que é “admissível concluir que o melhor que Luís Montenegro conseguiu foi potenciar o reforço dos extremistas de direita – alavancados pelos algoritmos das redes sociais, onde prolifera a informação falsa e não verificada – e o trambolhão dos socialistas, os democratas que, com sentido de Estado, lhe viabilizaram o programa de Governo e o Orçamento”.

“Um novo país, a cheirar a velho” é o título do editorial do Público, que começa por dizer que “o bipartidarismo que marcou 50 anos de democracia está, pelo menos para já, morto”.

O diretor do jornal afirma que o desgaste do “partido fundador da democracia” está “ao nível da hecatombe”, acrescentando que o “protesto que rendia votos à esquerda passou-se inteiramente para a direita”.

“Partidos como o BE ou o PCP estão em perigo de extinção e nem o mais novo Livre conseguiu superar a IL. O país vermelho a sul é uma memória histórica, agora que a cor dominante é o ‘azul Chega’”, acrescenta David Pontes.

Pontes salienta que, se a “subida do Chega é uma gigantesca derrota para a esquerda, também o é o falhanço da estratégia seguida por Luís Montenegro no último ano. PSD e PS estiveram mais ocupados em digladiarem-se sem se mostrarem capazes de conter quem é bloqueio parlamentar e um perigo para a democracia”, referindo-se ao Chega.

“Os partidos têm de olhar para si próprios e entender como envelheceram tão mal que conseguem tornar atraente o voto” num partido que não consegue “congregar os mínimos de respeitabilidade”, é escrito no editorial.

No editorial do Correio da Manhã, o diretor Carlos Rodrigues escreve que Luís Montenegro “ ganha novo fôlego para governar” e também classifica o resultado do PS como uma “hecatombe histórica”.

Considerando que, se o PS ficar com um grupo parlamento mais pequeno que o Chega, tal representa “uma humilhação política significativa”, sendo que “Pedro Nuno Santos percebeu o essencial da mensagem, e sai de cena com dignidade”, diz.

O diretor nota ainda que o PS está “sob pressão da proximidade das autárquicas, e da inexistência de um candidato presidencial”.

No editorial do Jornal de Negócios, Celso Filipe, escreve que a vitória da AD é clara e dá margem a Montenegro para continuar a ser primeiro-ministro, “mantendo a linha vermelha que traçou em relação ao Chega”.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas