MADEIRA Meteorologia

Elementos da PSP e GNR no aeroporto de Lisboa para mostrar a quem chega o seu protesto

Data de publicação
15 Fevereiro 2024
12:05

Cerca de 70 elementos da PSP e da GNR estão desde as 06:00 de hoje em vigília junto ao aeroporto de Lisboa para mostrar a quem chega a Portugal o seu protesto por melhores condições salariais.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da plataforma que congrega os sindicatos da PSP e GNR e presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, Bruno Pereira, disse que esta vigília vai durar até à hora de almoço, é simbólica e visa chamar a atenção de quem visita Portugal para os problemas da polícia portuguesa.

”É muito importante a nossa presença aqui. Por um lado, para dar a conhecer os nossos problemas e por outro para manter na ordem do dia o assunto para que o próximo Governo tome decisões”.

A plataforma, que promove hoje vigílias nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal, além do porto marítimo de Lisboa, exige um suplemento idêntico ao que foi atribuído à Polícia Judiciária.

“Esta vigília é simbólica e tem a ver com uma questão essencial para Portugal: O turismo. (...) a segurança não é um dado adquirido. Estamos aqui presentes para projetar e consciencializar as pessoas que nos visitam, que vêm investir em Portugal, as pessoas que querem cá viver. Queremos que vejam a forma como o poder político tratou as forças de segurança”, disse.

Bruno Pereira indicou que os policias e militares da GNR vão continuar os protestos por aquilo que consideram ser um “tratamento desigual e discriminatório”, após o Governo ter aprovado o suplemento de missão para a PJ.

“Queremos continuar a discutir o que foi feito e o que tem vindo a ser feito contra as polícias que é nada ou muito pouco, do ponto de vista da avaliação da sua condição, equipamentos, uma reestruturação de fundo, criar atratividade de uma função historicamente era reconhecida. Deixa-me triste como o Governo olhou com vistas curtas, com olhar claramente secundário o papel e a essencialidade das forças portuguesas”, salientou.

Este responsável disse também à Lusa estar satisfeito por o problema estar a ser abordado nos debates entre candidatos às eleições legislativas de 10 de março.

“Debater e discutir segurança interna nunca foi uma temática discutida neste quadro, mesmo que não seja com premência e acuidade que ela tem, fico feliz em ver os assuntos abordados. É demonstrativo que há aqui um virar de página, que a segurança interna seja discutida como discutimos a saúde, a educação e a habitação (...). Ainda com alguma timidez, mas é importante que continuem a discutir”, disse.

Sobre a reunião convocada pelo Ministério da Administração Interna para quarta-feira sobre os serviços remunerados nas forças de segurança, que acabou a anulada por recusa dos sindicatos da PSP e das associações da GNR em participarem no encontro, Bruno Pereira disse que parecia um “contrassenso”.

“O Governo quis fazer passar a ideia de que estão preocupados em discutir com as forças de segurança uma questão que está por resolver há anos e sobre a qual sindicatos e associações apresentaram as suas propostas há mais de um ano. Vão agora convidar os sindicatos, numa altura destas!”, disse.

Nesta vigília os policias e militares da GNR estão à civil e estão concentrados junto à zona das chegadas do aeroporto de Lisboa.

Alguns dos passageiros que chegaram hoje a Lisboa e que passaram junto à concentração disseram à Lusa que não se tinham apercebido tratar-se de um protesto de policias.

Maria Fonseca, que chegou a Lisboa vinda de Madrid, contou que foram as câmaras de televisão que chamaram a atenção.

”De facto vi este aglomerado de pessoas, mas não me apercebi que se tratava de um protesto de policias”, referiu, acrescentando: “Os policias fazem a segurança das pessoas, mas também têm direito a lutar por melhores condições de trabalho”.

Esta plataforma, que congrega sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, tem ainda agendados, para a próxima segunda-feira, uma concentração na Praça do Comércio, em Lisboa, e, para o dia 02 de março, um encontro nacional de polícias da PSP e militares da GNR.

Os elementos da PSP e da GNR têm protagonizado vários protestos para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, tendo a contestação começada há mais de um mês.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas