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Chega preocupado com entrada de radicalismo islâmico em Portugal

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
09 Junho 2025
9:56

O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, mostrou-se preocupado com a presença em Portugal “de altos representantes do movimento Jamiat Ulema-e-Islam, por ocasião da Festa do Sacrifício (‘Aid el-Adha’), assinalada na passada sexta-feira pela comunidade islâmica em Lisboa”. De acordo com o parlamentar, “este grupo é conhecido por promover uma visão fundamentalista do Islão, por assumir posições abertamente anti-cristãs e por manter ligações a organizações jihadistas internacionais”.

Para Francisco Gomes, a entrada daqueles líderes no território nacional “levanta sérias dúvidas sobre o controlo das autoridades portuguesas e europeias relativamente aos movimentos radicais que circulam no espaço Schengen”. O deputado entende que estas visitas não se esgotam no plano religioso e que devem ser vistas “como parte de uma estratégia mais ampla de influência ideológica e de mobilização radical”.

“A presença destes líderes em Lisboa não é acidental. Estamos a falar de uma capital europeia a ser usada como centro de difusão de islamismo radical, como ponto de recrutamento e, potencialmente, de planeamento de ações que podem comprometer a segurança do espaço europeu. E tudo isto decorre com a passividade do governo”, acusa o deputado.

O deputado expressou ainda preocupação com a possível extensão destas dinâmicas à Região Autónoma da Madeira, onde, a seu ver, a comunidade islâmica tem “crescido visivelmente”. Francisco Gomes considera que “a Região não está preparada para lidar com os riscos associados à instalação de redes com ligações externas e ideologia que diz ser incompatível com os valores nacionais”.

“Não podemos ignorar o que se passa em Lisboa e a Madeira pode ser o próximo alvo. Há correntes dentro do islamismo que não se interessam por integrar, mas sim por dominar, impor e transformar o espaço social em nome de uma visão teocrática e absolutista. Não podemos correr esse risco”, opinou.

O parlamentar madeirense do Chega “exige que o governo da República adote uma posição firme e proativa, reforçando o controlo de fronteiras, monitorizando ativamente as ligações entre líderes religiosos e redes extremistas, e assegurando que Portugal não se torne um solo fértil para ideologias radicais”.

O parlamentar conclui a nota enviada às redações sublinhando que “a defesa da nossa identidade cultural, da segurança e da coesão social tem de ser uma prioridade nacional. Não podemos repetir os erros trágicos de outros países europeus, que fecharam os olhos ao radicalismo e agora vivem sob tensão permanente. Portugal não pode seguir esse caminho”.

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