O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, exigiu esclarecimentos ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sobre a gestão das quotas de pesca do atum. Numa intervenção realizada durante uma audição regimental que teve lugar na Comissão de Agricultura e Pescas, o parlamentar madeirense acusou o governo da República de falhar na defesa dos interesses dos pescadores, particularmente os das regiões autónomas, afirmando que, na sua opinião, as promessas feitas aos pescadores não têm sido cumpridas.
O deputado destacou que o atum é uma das principais fontes de rendimento para os pescadores das regiões autónomas, alertando para as dificuldades que estes enfrentam devido às limitações impostas pelas quotas. A seu ver, as limitações não fazem sentido porque não tomam em conta que a pesca do atum é feita com recuso a técnicas artesanais e barcos de pequeno porte, não constintuindo uma ameaça aos ecossistemas marinhos.
“O governo não tem uma postura séria em garantir melhores condições para quem vive da pesca do atum. É inadmissível que os nossos pescadores continuem a ser jogados para a miséria! O desespero destes homens não incomoda ninguém, pois, para o governo, eles, simplesmente, não contam!”
Na sua intervenção, Francisco Gomes também apontou críticas ao PSD, PS e CDS, acusando-os de incoerência, pois, a seu ver, aqueles partidos dizem uma coisa na Madeira e fazem o seu oposto em Lisboa e em Bruxelas.
“Na Madeira, dizem que defendem o aumento das quotas, mas, em Lisboa, votam contra os projetos das pescas apresentados pelo CHEGA. A verdade é que não defendem os interesses das pescas, coisa nenhuma, mas querem apenas manter um ‘faz de conta’ para ganhar votos”, delarou
O deputado concluiu apelando a uma mudança de atitude por parte do governo e dos outros partidos. “Não podemos continuar a assistir à desvalorização de um setor tão importante para a economia das regiões autónomas. É tempo de agir e de cumprir as promessas feitas a quem depende do mar para viver”, finalizou Francisco Gomes, exigindo respostas concretas do ministro José Manuel Fernandes.