MADEIRA Meteorologia

BE desafia PS a reconhecer erros da maioria absoluta e a “apresentar soluções ao país”

Data de publicação
19 Dezembro 2023
18:48

A coordenadora do BE considerou hoje que o PS deve “reconhecer o que correu mal durante a maioria absoluta” e “apresentar soluções ao país”, salientando que serão essas propostas que “vão determinar o futuro” após as legislativas.

Em declarações aos jornalistas à frente do Hospital Amadora-Sintra, onde se encontrou com um grupo de profissionais de saúde da área materno-infantil que assinaram uma carta aberta “sobre a degradação dos serviços de saúde” na região de Lisboa e Vale do Tejo, Mariana Mortágua foi questionada se, dada a eleição de Pedro Nuno Santos como secretário-geral do PS, é possível haver entendimentos à esquerda após as legislativas.

Na resposta, a coordenadora do BE disse esperar “para ver o programa do PS relativamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmando que “é inquestionável e inegável” que a maioria absoluta socialista fez um “trilho na saúde que foi a degradação dos serviços”.

“O país não consegue viver com urgências que abrem à vez e com um SNS que está assente em horas extra ilegais por parte de profissionais que abdicam da sua vida. É preciso encontrar soluções e o que nós esperamos deste período de campanha é que seja de clarificação e apresentação de conclusões”, referiu.

Para Mariana Mortágua, “é importante essa clarificação e o PS tem de a fazer”.

“Tem de reconhecer o que é que correu mal durante a maioria absoluta e tem de apresentar soluções ao país porque são essas soluções que vão determinar o futuro a partir do dia 10 de março”, referiu.

Questionada se vê vontade de Pedro Nuno Santos em apresentar essas soluções, tendo em conta as suas declarações recentes, a coordenadora do BE respondeu que, “para encontrar soluções, é preciso que todos os partidos coloquem propostas em cima da mesa”.

“É preciso que a esquerda se mobilize e apresente soluções ao país. Essa é a responsabilidade da esquerda: dizer como é que solucionamos o problema o SNS”, referiu.

Da parte do BE, prosseguiu, “há anos” que o partido apresenta soluções e o “país conhece-as”, como a “valorização dos profissionais, a internalização de meios de diagnóstico, o investimento sério no SNS”.

“Desengane-se quem acha que estamos a falar de dinheiro. Porque, cada vez que não se investe no SNS, daqui a cinco anos gasta-se o dobro em tarefeiros, a contratar serviços e meios de diagnóstico ao privado, com o transporte de utentes”, disse.

Sobre o encontro com os profissionais que assinaram a carta aberta, Mariana Mortágua disse que o Hospital Amadora-Sintra “tem grandes deficiências nas urgências, sobretudo de pediatria e obstetrícia” e que os profissionais lhe transmitiram “preocupações que têm com os utentes”, designadamente em termos de filas de espera, encerramento de serviços ou transporte de doentes urgentes.

Mariana Mortágua considerou que a situação que se vive em hospitais como o Amadora-Sintra é “insustentável” e consiste na “desistência do SNS”, acrescentando que o acordo alcançado entre o Governo e os sindicatos dos médicos “não resolve esta situação”.

A coordenadora do BE reforçou que, no atual período, é preciso que os partidos “digam ao que vêm relativamente ao SNS”, ironizando que espera que o ministro da Saúde não faça “como o ministro da Educação e dizer em campanha que, afinal, era possível resolver os problemas que foram agravados durante a maioria absoluta”.

Em declarações aos jornalistas, a pediatra Tânia Russo, uma das signatárias da carta aberta, que foi também candidata do BE nas últimas autárquicas, referiu que a missiva em questão foi um “grito de alerta” dado pelos profissionais para que “a tutela tenha uma intervenção que é urgente”, considerando que se está a assistir a “uma degradação sem precedentes dos cuidados de saúde” na área materno-infantil.

“O plano de reorganização das urgências que tem vindo a ser anunciado tem muito pouco de planeado e de reorganização”, criticou.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas