MADEIRA Meteorologia

Venezuela: Países do G7 reclamam libertação de “todos os presos políticos”

Data de publicação
26 Novembro 2024
17:46

Os países do G7 reiteraram hoje a sua “profunda preocupação” com as “contínuas violações e abusos dos direitos humanos” na Venezuela e reclamaram a libertação de “todos os presos políticos injustamente detidos”.

Reunidos entre segunda-feira e hoje em Itália, os chefes de diplomacia do grupo de sete democracias mais industrializadas do mundo - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – adotaram uma declaração final, reservando a parte final do texto à situação de instabilidade na Venezuela na sequência das eleições presidenciais de julho passado.

“Em 28 de julho, o povo venezuelano fez uma escolha clara nas urnas, votando a favor da mudança democrática e apoiando Edmundo González Urrutia por uma maioria significativa, de acordo com os registos eleitorais publicamente disponíveis”, começam por notar os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7.

Apontando que continuarão a “apoiar os esforços dos parceiros regionais para facilitar uma transição democrática e pacífica liderada pela Venezuela que garanta o respeito pela vontade dos eleitores”, os países do G7 dizem então estar “profundamente preocupados com as contínuas violações e abusos dos direitos humanos, incluindo as detenções arbitrárias e as severas restrições às liberdades fundamentais, que visam em especial os opositores políticos, a sociedade civil e os meios de comunicação social independentes”.

“Todos os presos políticos injustamente detidos devem ser libertados”, concluem os chefes de diplomacia do G7.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

Entre os presos políticos detidos após as eleições conta-se um lusodescendente, Williams Dávila Barrios, cujo estado de saúde motiva preocupações, tendo levado a Organização de Estados Americanos (OEA) a pedir, no passado sábado, a libertação deste antigo governador de Mérida (Venezuela), para que possa ter assistência médica adequada.

Em 09 de agosto, o Governo português já exigira às autoridades venezuelanas “a libertação imediata e incondicional de Williams Dávila Barrios”, de 73 anos e com nacionalidade portuguesa.

Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que “Portugal insiste na libertação dos opositores políticos detidos, na garantia da liberdade de manifestação política e na transparência democrática, em contacto estreito com os Estados da região e com os parceiros da UE”.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas