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Pelo menos 877 mortos com armas na primeira metade do ano no Sudão do Sul

Data de publicação
05 Agosto 2025
14:09

Pelo menos 877 pessoas, entre as quais 277 civis, morreram no Sudão do Sul nos primeiros seis meses de 2025 devido a “incidentes de violência com armas de fogo”, informou hoje uma ONG local.

Segundo a Rede Cidadã pela Democracia (OCND, em inglês) no seu relatório semestral, intitulado Projeto Truth Lab, estes incidentes de violência estão principalmente relacionados com o roubo de gado, conflitos intercomunitários e atividades criminosas.

“A violência com armas de fogo causou 877 mortes, das quais 277 foram civis, 597 soldados e três estrangeiros, principalmente empresários emboscados na estrada enquanto transportavam as suas mercadorias”, lê-se no relatório.

Durante todo o ano de 2024, a organização documentou a morte de 755 pessoas por esses motivos no país, pelo que apenas na primeira metade de 2025 registou-se um aumento de 16% das mortes por armas de fogo em relação a todo o ano anterior.

A ONG sul-sudanesa mostrou-se alarmada com o aumento destes incidentes, dos quais reportou 114 em todo o país, que atribuiu a “roubos de gado, conflitos entre comunidades e intracomunitários, atividades criminosas ou relacionadas com gangues, operações governamentais de contra insurgência ou suicídios”.

Também ocorreram devido a acidentes, conflitos armados e emboscadas em estradas.

“No entanto, também existem outros fatores subjacentes, como a instabilidade política e a falta de um Estado de direito”, acrescentou a OCND, que lamentou que esses casos de violência persistam “apesar dos esforços dos parceiros e do Governo para reduzir o conflito na maior parte do país”.

Assim, a ONG lembrou a necessidade do Governo de Juba e da oposição armada redobrarem esforços para travar a violência ao abrigo do acordo de paz de 2018, que pôs fim à guerra entre as partes (que causou cerca de 400.000 mortos), mas que nunca foi devidamente aplicado.

Por isso, recomendou que o Governo “materialize programas estratégicos de Desarmamento, Desmobilização, Reinserção (DDR) em todo o país”, ao mesmo tempo que pediu para que o mesmo fortaleça o Estado de direito e os programas comunitários para reduzir os casos de criminalidade.

Por último, a ONG pediu, ainda, ao Governo para abordar a crise económica, uma vez que é um fator que contribui para a violência, assim como para investir em programas de literacia mediática e de informação para responder ao crescente discurso de ódio e à desinformação.

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