A TAP antecipa ultrapassar os 100 aviões na frota em 2026, ano em que espera também um crescimento “modesto” de passageiros e receitas, apesar das limitações ainda em vigor no plano de reestruturação.
“Se tudo correr normalmente, [a companhia] há de passar os 100” aviões, afirmou o presidente executivo, Luís Rodrigues, explicando que o número final ainda está a ser fechado no orçamento e projeções financeiras.
O alcance desta meta não será “difícil” tendo em conta que atualmente a frota é composta por 99 aeronaves, detalhou.
O responsável reconhece, no entanto, que a empresa continua limitada em matérias como expansão de frota, compras de ativos ou aquisições devido ao plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia no âmbito da covid-19 e que termina no final deste ano.
“Temos, hoje, as mesmas limitações dos últimos cinco anos”, comentou no final de um almoço com jornalistas.
Apesar disso, o gestor mostra-se confiante e destaca o relacionamento com a Airbus, fornecedora de praticamente a totalidade da frota.
“As relações com a Airbus são ótimas, sempre foram e continuam a ser”, referiu, em resposta a perguntas sobre a possibilidade de renegociação dos contratos avançada pela antiga administração da companhia aérea e das recentes buscas relacionadas com o tema.
“O plano de entregas iniciado em 2016 mantém-se, com aeronaves previstas até 2030”, referiu, escusando-se a comentar eventuais renegociações contratuais ou valores de leasing.
Para 2026, o cenário aponta para um “crescimento em passageiros e receita”, embora dependente do contexto internacional.
“Todos sabemos que estamos num ambiente global geopolítico cada vez mais complexo. Qualquer exercício de adivinhação é isso mesmo. É um exercício de moeda ao ar. Mas com base naquilo que temos sentido nas últimas semanas, até meses, queremos acreditar que, à medida que a poeira vai assentando, as pessoas vão querer continuar a viajar”, referiu.
Neste seguimento, “acho que vamos conseguir, dentro do modesto crescimento que conseguimos ter dadas as limitações do aeroporto [de Lisboa] e as limitações de frota, continuar mais um ano de crescimento”, concluiu.
Quanto à abertura de novas rotas no próximo ano, admitiu que qualquer continente “é possibilidade”, embora seja prematuro avançar já com opções.