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María Corina não ficará no exílio após receber Nobel diz antiga chefe de campanha

Data de publicação
09 Dezembro 2025
17:53

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, cujo paradeiro é desconhecido, não permanecerá no exílio após a entrega do Prémio Nobel da Paz, marcada para quarta-feira em Oslo, afirmou hoje a sua antiga chefe de campanha.

“Não há qualquer possibilidade de María Corina ficar no exílio”, afirmou Magalli Meda, considerada o ‘braço direito’ de Machado, num vídeo divulgado numa das contas nas redes sociais associadas à campanha da opositora de Nicolás Maduro, no poder na Venezuela.

“Como podemos pensar que María Corina não voltará e ficará em exílio? É impossível. Não a conhecem. É como dizer a uma mãe que deixará de amar os seus filhos”, prosseguiu.

“Ela [María Corina Machado] fará o que tiver de fazer. E está muito consciente de que a sua força provém da confiança que o país lhe deu”, acrescentou.

Magalli Meda permaneceu mais de um ano (entre março de 2024 e maio de 2025) refugiada na embaixada da Argentina em Caracas, com seis – depois cinco – outros opositores, para evitar uma detenção, antes de conseguir fugir numa operação cujos pormenores permanecem secretos.

Impedida de concorrer às eleições presidenciais de julho de 2024 na Venezuela, Machado entrou na clandestinidade poucos dias depois, permanecendo escondida no próprio país.

A última vez que apareceu em público foi a 09 de janeiro, em Caracas, durante uma manifestação contra a tomada de posse de Maduro, para um terceiro mandato, obtido em condições contestadas.

Maduro é acusado de deriva autoritária pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), que sancionaram o regime.

Embora a sua família já tenha viajado para Oslo para assistir à cerimónia, que decorre quarta-feira na câmara municipal local, continua a desconhecer-se o paradeiro de Machado.

Estava prevista para hoje uma conferência de imprensa de María Corina, embora o Comité Norueguês do Nobel não tenha revelado em que formato, que começou por ser adiada e depois cancelada.

No mês passado, o procurador-geral da Venezuela disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) que María Corina Machado seria considerada “fugitiva” caso deixasse o país para receber o Nobel.

A entrega do prémio coincide com a instalação pelos Estados Unidos de um importante dispositivo militar nas Caraíbas e com ataques norte-americanos mortais contra embarcações alegadamente envolvidas no tráfico de droga, operações que Machado defendeu publicamente.

Maduro alega que o verdadeiro objetivo destas ações é derrubá-lo e apoderar-se das reservas petrolíferas da Venezuela.

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