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Metsola diz que PE tem de “fazer mais” para erradicar violência contra mulheres

Data de publicação
25 Novembro 2024
17:20

A presidente do Parlamento Europeu (PE) defendeu hoje que é “necessário fazer mais” para erradicar a violência contra mulheres e declarou o apoio a todas as “que são agredidas, mas continuam inquebráveis”.

Na abertura da sessão plenária em Estrasburgo, em França, Roberta Metsola recordou todas as mulheres que “são agredidas, mas que continuam inquebráveis”, que são “abusadas, traumatizadas, assediadas e brutalizadas”.

A presidente daquela instituição europeia acrescentou que a União Europeia está na vanguarda da proteção das mulheres e raparigas com a legislação que foi aprovada em maio deste ano, mas reconheceu que é necessário implementá-la em cada um dos 27 países do bloco comunitário.

Em simultâneo, os 27 têm de estar um pé à frente de tipos de violência que surgiram em contexto digital e não só, e que são reflexo do desenvolvimento tecnológico.

“É necessário fazer mais, precisamos de ir ainda mais longe. Fortalecer a proteção [de mulheres e raparigas] em toda a Europa, assegurando que os predadores enfrentam a justiça”, declarou a presidente do PE.

Por ocasião do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contras Mulheres, a fachada do edifício do Parlamento Europeu em Estrasburgo iluminou-se de laranja e uma bandeira da mesma cor foi içada ao lado da bandeira da União Europeia.

Fora de um contexto de relação, as mulheres na União Europeia (UE) sofrem mais de violência sexual (13%) mas, na intimidade, é a psicológica a que prevalece (30%), divulga hoje o Eurostat.

De acordo com o inquérito sobre a violência baseada no género na UE, dos 32% de mulheres que responderam ter sofrido violência no contexto de uma relação íntima, a maioria (30%) refere ter sido psicológica e 17,7% física (incluindo ameaças) ou sexual e 10,7% física não sexual.

Portugal está na 25.ª posição entre os Estados-membros - com 22,5% das inquiridas a dizer terem sofrido de violência doméstica, 22% psicológica, 10,3% física ou sexual e 7% física não sexual - seguido pela Bulgária (20,5%) e a Polónia (19,6%).

No contexto não familiar, dos 20% de mulheres na média da UE que disseram ter sido vítimas de violência, 13% referem ter sido sexual, com 4% de violação.

Em Portugal, 13% das mulheres inquiridas disseram ter sofrido de violência fora do contexto familiar, com maior prevalência para a física (9,3%) do que a sexual (4%), com 1% violadas, estando no 24.º lugar entre os 27, seguido da República Checa (9,7%), Polónia (8,2%) e Bulgária (5,9%).

Uma em cada três mulheres (31%) entre os 18 e os 74 anos sofreram de violência física ou sexual na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar a terceira menor taxa de queixas (19,7%), segundo o serviço estatístico europeu.

O inquérito conjunto do serviço europeu de estatísticas (Eurostat), da Agência Europeia dos Direitos Fundamentais e o Instituto Europeu para a Igualdade de Género, foi hoje divulgado no âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, hoje assinalado.

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