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Médio Oriente: Israel ordena bloqueio de caravana de ativistas para Gaza

Data de publicação
11 Junho 2025
18:42

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, pediu hoje às autoridades egípcias para bloquearem uma caravana de ativistas pró-palestinianos que se dirigiam para a Faixa de Gaza depois de deixarem a Tunísia e chegarem à Líbia.

“Espero que as autoridades egípcias impeçam a chegada de manifestantes jihadistas à fronteira entre Israel e o Egito e não lhes permitam fazer provocações ou tentar entrar na Faixa de Gaza, um ato que colocaria em risco a segurança dos soldados (israelitas) e que não será permitido”, disse Katz, em comunicado.

O ministro israelita acusa os ativistas de quererem “juntar-se e ajudar o Hamas”, referindo-se ao movimento islamita, acrescentando que esses ativistas representam um “perigo para o regime egípcio” e uma “ameaça a todos os regimes árabes moderados na região”.

Sumud (resistência, em árabe) é uma caravana que partiu na segunda-feira da Tunísia com mais de mil voluntários rumo à passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, para desafiar o bloqueio israelita e mostrar o apoio “dos povos do Norte de África” à Palestina.

Composta por dezenas de autocarros e veículos que transportavam cerca de mil tunisinos, bem como uma delegação argelina e grupos de outras nacionalidades, esta iniciativa tem como objetivo denunciar o bloqueio israelita à Faixa de Gaza.

A caravana tem semelhanças com a missão da Flotilha da Liberdade, cujo navio, o Madleen, que transportava a ativista sueca Greta Thunberg, foi intercetado por Israel na segunda-feira, em águas internacionais.

Em 02 de março, Israel iniciou um bloqueio total ao acesso a bens básicos (como alimentos, medicamentos e combustível) para Gaza, alegando que o Hamas estava a reter ajuda humanitária no enclave.

O gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), no entanto, disse não ter provas de que esse desvio tenha ocorrido.

Em 19 de maio, a Faixa de Gaza foi novamente autorizada, de forma muito limitada, a receber camiões que transportavam ajuda para o enclave, embora as organizações humanitárias considerem esse gesto insuficiente para os 2,1 milhões de habitantes de Gaza que não conseguem obter comida.

Além disso, a atual distribuição de ajuda em pontos geridos pela Fundação Humanitária de Gaza - apoiada por Israel e pelos EUA - tornou-se problemática, com dezenas de palestinianos mortos diariamente em tiroteios entre as tropas israelitas estacionadas na zona e aqueles que tentam recolher alimentos.

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