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Médio Oriente: Egito propôs ao Hamas acordo “final e abrangente” para uma longa trégua em Gaza

Data de publicação
26 Abril 2025
18:44

O Egito, um dos principais mediadores entre o Hamas e Israel, propôs ao grupo palestiniano um acordo “final e abrangente” para uma longa trégua e com garantias de que não será perseguido, se desistir do controlo da Faixa de Gaza.

O Egito está a propor ao [grupo islâmico] Hamas um acordo final e abrangente para acabar com a guerra e com garantias internacionais”, disse hoje à agência de notícias espanhola EFE uma fonte de segurança egípcia.

A mesma fonte, que pediu anonimato, adiantou que “um acordo final está a ser formulado atualmente para um cessar-fogo e a libertação dos reféns” ainda mantidos pelo grupo islâmico, que enviou hoje uma delegação de alto nível ao Cairo.

A fonte admitiu que o grupo “concorde em retirar os seus combatentes de Gaza assim que o cessar-fogo entrar em vigor, com a garantia de que eles não serão perseguidos”.

E sublinhou que o Hamas “concorda em se desligar completamente da administração de Gaza” no caso de um acordo final, referindo que a proposta que está sobre a mesa “inclui um período de colocação em prática de um acordo que pode durar até 45 dias”.

O grupo islâmico, que até agora não reagiu a essas alegações, enviou hoje uma delegação de alto nível ao Egito, liderada pelo presidente de seu conselho de liderança, Mohamed Daruish. A equipe de negociação, que está no Cairo pela segunda vez em menos de uma semana, inclui membros do conselho do Hamas, que assumiu o controle do grupo após o assassinato de seu líder, Yahya Sinwar, no sul de Gaza, em outubro do ano passado - Khaled Mishaal, Khalid al-Haya, Zaher Jabareen e Nizar Awadala - de acordo com uma declaração do Hamas.

A pressão sobre o Hamas tem aumentado nas últimas semanas para que o grupo liberte os reféns, entregue suas armas e renuncie ao controle de Gaza - que mantém desde 2007 - para acabar com a guerra que já matou mais de 51.000 habitantes daquele território desde outubro de 2023.

Na quinta-feira, o Conselho Ministerial da Liga Árabe, composto por 22 países, expressou o seu apoio à entrega do controle da Faixa de Gaza ao governo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), do presidente Mahmoud Abbas, afirmando que ele deve ser o único executivo que controla as armas e representa os palestinos perante a comunidade internacional.

A delegação do Hamas no Cairo reuniu-se com o vice-chefe de inteligência Ahmed Abdel Jaleq e tem programado reunir-se com outras autoridades egípcias, incluindo o chefe de inteligência Hasan Rashad, de acordo com a mesma fonte.

“Eles também discutirão a visão do Hamas para acabar com a guerra e trocar reféns e prisioneiros com base num acordo abrangente que inclua a retirada total e a reconstrução” do enclave palestiniano, acrescentou.

No início do mês, o grupo islâmico rejeitou outra proposta de cessar-fogo em Gaza, na qual Israel insistiu no seu desarmamento, e disse que não estava “disposto a abrir mão das armas da resistência”.

O Hamas continua a manter um total de 59 reféns em Gaza, dos quais acredita-se que 24 estejam vivos. A sua libertação estava prevista na segunda fase do acordo de cessar-fogo alcançado em janeiro, que Israel bloqueou no início de março.

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