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França vai proteger locais de culto judaicos

Data de publicação
25 Março 2025
22:49

O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, garantiu hoje que vai pedir medidas de segurança para locais de culto judaicos, três dias depois do violento ataque ao rabino de Orleans, cidade a sul de Paris.

“Hoje, a partir desta noite, será enviado um telegrama a todos os autarcas de França para que possam contactar estas comunidades” para “tomar as medidas necessárias para proteger os locais de culto e outros”, frisou o ministro, durante perguntas ao Governo na Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento).

Retailleau revelou que telefonou ao rabino de Orleans, bem como o primeiro-ministro francês François Bayrou, “para expressar o apoio” e “a solidariedade de toda a nação francesa”.

“O antissemitismo está de volta em massa”, alertou, acusando mais uma vez o “islamismo político”, mas também “o antissemitismo da extrema-esquerda”, que “sob o pretexto do anti-sionismo, explora a causa palestiniana”.

O rabino Arié Engelberg regressava a casa com o filho de nove anos quando foi atacado em Orleans.

Cerca de 1.300 pessoas, incluindo líderes religiosos, autoridades locais eleitas e muitas pessoas anónimas, reuniram-se hoje à noite em frente à sinagoga, localizada no coração da cidade e atrás da catedral, antes de marcharem em silêncio, segundo a polícia.

O presidente da comunidade judaica da cidade, André Druon, disse que a questão não era se vai ocorrer um ato antissemita, mas quando, apesar do “bom entendimento” entre as comunidades de Orleães, apontando responsabilidades a “certos meios de comunicação e certos políticos”.

O menor detido no sábado após o ataque ao rabino será julgado em 23 de abril num tribunal de menores, anunciaram o seu advogado e o Ministério Público na segunda-feira.

É “um menor não acompanhado, que chegou a França há menos de um ano” sem qualquer formação específica, adiantou o seu advogado, Nicolas Bouteillan, à agência France-Presse (AFP).

O seu cliente declarou durante a sua detenção que tinha “16 anos e nacionalidade palestiniana”, de acordo com um comunicado da procuradora Emmanuelle Bochenek-Puren.

Confrontado com os termos da acusação deduzida e os depoimentos recolhidos, “nega ser o instigador da altercação e sustenta que se defendeu”, acrescentou a procuradora.

Durante o ataque de sábado, o menor aproximou-se do rabino Arié Engelberg acompanhado pelo filho “filmando-se, questionando-o sobre a sua religião (...) enquanto proferia insultos antissemitas e cuspia na sua direção”.

O jovem está “envolvido em três processos judiciais, conduzidos entre outubro de 2024 e dezembro de 2024, por tráfico de droga e violência intencional contra pessoas em posição de autoridade em Marselha, e furto qualificado” em Orleans, pode ler-se ainda no comunicado.

Em 2024, foram registados um total de 1.570 atos antissemitas em França, de acordo com o Ministério do Interior.

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