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Descoberta galáxia semelhante à Via Láctea, formada pouco depois do Big Bang

Data de publicação
17 Abril 2025
17:47

Investigadores da Universidade de Genebra (UNIGE) descobriram uma galáxia espiral, como a Via Láctea, que já apresentava esta estrutura evoluída numa altura relativamente próxima do Big Bang (o ‘nascimento’ do universo), segundo o estabelecimento de ensino superior.

Num comunicado divulgado na quarta-feira e citado hoje pela agência noticiosa espanhola EFE, a UNIGE indica que a descoberta desafia ideias preconcebidas sobre a formação de galáxias complexas.

A “candidata a galáxia espiral mais distante conhecida até à data” consiste num sistema ultra massivo, que existiu apenas mil milhões de anos após o Big Bang e já mostra uma estrutura notavelmente madura, indica um texto do EurekAlert!, o serviço de notícias ‘online’ da American Association for the Advancement of Science (AAAS).

Dado ser esperado que as grandes galáxias espirais, como a Via Láctea, demorem vários milhares de milhões de anos a formar-se, a descoberta leva os astrónomos a reavaliar como e quando as galáxias se formaram no Universo primitivo, adianta.

O estudo, a publicar na revista científica Astronomy & Astrophysics, tem como principal autor Mengyuan Xiao, investigadora de pós-doutoramento no Departamento de Astronomia da Faculdade de Ciências da UNIGE.

“Chamámos a esta galáxia Zhulong, que significa ‘Dragão da Tocha’ na mitologia chinesa. No mito, Zhulong é um poderoso dragão solar vermelho que cria o dia e a noite abrindo e fechando os olhos, simbolizando a luz e o tempo cósmico”, disse.

Acrescentou que o que a nova galáxia tem de notável “é a sua impressionante semelhança com a Via Láctea em forma, tamanho e massa estelar”.

“O disco de formação estelar da nova galáxia estende-se por uma distância de cerca de 60 mil milhões de anos-luz e contém uma massa estelar equivalente a 100 mil milhões de vezes a do Sol”, de acordo com o comunicado.

A descoberta foi feita a partir de dados obtidos pelo Telescópio Espacial James Webb, que a UNIGE recebe e estuda tal como outros centros de investigação globais, no seu caso através de programas como o Panoramic, que tenta explorar grandes áreas do universo em busca de galáxias desconhecidas.

“A descoberta mostra como o telescópio James Webb está a mudar fundamentalmente a nossa visão do universo primitivo”, disse Pascal Oesch, um dos membros da equipa do Panoramic, citado no comunicado.

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