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Crescem os sinais de desassossego na África do Sul

JM-Madeira

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Data de publicação
17 Março 2023
10:14

A África do Sul foi atingida na semana passada por más notícias, especialmente, a ininterrupta crise energética, declínio da confiança de negócios e um défice negativo da conta corrente, desvalorização da moeda, todas emergindo contra o pano de fundo de sentimento global de riscos nos mercados financeiros.

Como se isso não bastasse, a South African Police Services (SAPS) iniciou ontem uma greve que não augura nada de bom tendo em conta que se aproxima o dia 20, para o qual está marcada uma ação de "shutdown" a nível nacional por parte do partido extremista da esquerda-sul africana, Economic Freedom Fighters (EFF), e da qual não são de excluir ações inconvenientes e ilegais assim como se antecipa uma onda de confrontos violentos e possíveis perdas de vidas humanas.

O EFF através do seu líder, Julius Malema, já a "ordenou" o encerramento de todas as atividades comerciais e industriais e com ameaças veladas de quem tiver os seus negócios em laboração, corre o risco de serem saqueadas.

Esta greve no entender de uma grande maioria das pessoas que se evidenciam desassossegadas é interpretada como um flagrante e inaceitável desprezo pela segurança das pessoas, apesar de 1.160 esquadras de polícia se manterem operacionais.

O POPCRU, sindicato dos trabalhadores da polícia, ameaça levar a greve até às últimas consequências se não for concedido e implementado o aumento salarial de 10% proposto pelo sindicato.

Os extremistas (EFF) que se encontram a preparar e a organizar o "shutdown nacional" estão a fazer chegar às pessoas em diferentes comunidades mensagens de aviso de possível violência.

Não sendo possível prever o que acontecerá na próxima segunda-feira, dia 20 de março, o elemento do medo, instilado nas diferentes comunidades em diferentes áreas assenta também nos tumultos, saques e fogo posto em centenas de negócios em 21 de julho de 2021 ocorridos no país e pelo facto também de que passados aproximadamente dois anos, virtualmente, ninguém foi responsabilizado pelos acontecimentos onde pereceram 354 pessoas e uma destruição monumental de propriedades e negócios onde madeirenses e não só somaram prejuízos avultados e a destruição de décadas de intenso trabalho e sacrifícios.

José Luiz da Silva, Correspondente em Joanesburgo (África do Sul)

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