As autoridades marroquinas anunciaram a proibição de uma manifestação marcada para domingo, em Casablanca, contra o alto custo de vida, "restrições às liberdades" e normalização de relações com Israel, informaram hoje os organizadores dos protestos.
"As autoridades locais notificaram-nos da proibição da manifestação nacional, alegando a manutenção da ordem pública", disse a direção da Frente Social Marroquina, um movimento político composto por partidos de esquerda e sindicatos.
Os ‘media’ locais, citando a autarquia, relataram hoje que a proibição da manifestação também se deve ao "não cumprimento de requisitos legais relacionados com marchas e manifestações públicas".
A Frente Social denunciou esta proibição, alegando que "revela que a resposta sistemática [das autoridades] é a repressão e a restrição de direitos e liberdades".
Este movimento político já organizou manifestações semelhantes em Casablanca e outras cidades, sem ser proibida.
Apesar da proibição, os organizadores continuam a pedir às pessoas para comparecerem na manifestação de domingo, em Casablanca.
Marrocos está a enfrentar uma escalada de preços nos combustíveis e nos alimentos essenciais, devido a uma seca histórica e à invasão russa da Ucrânia.
A taxa de inflação no Marrocos atingiu 4,1% no final de abril e o crescimento deve oscilar entre 1,5% e 1,7% em 2022, segundo o Governo.
Lusa