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Bruxelas levanta sanções contra primeiro-ministro do Burundi

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Data de publicação
25 Outubro 2022
14:54

A União Europeia (UE) levantou as sanções contra três pessoas no Burundi, incluindo o primeiro-ministro, pelo seu papel na crise política de 2015, que fez pelo menos 1.200 mortos, anunciou hoje a delegação europeia no país.

"Hoje, a UE levanta as sanções individuais contra três pessoas, incluindo o primeiro-ministro. A UE continuará a apoiar os esforços de desenvolvimento e reformas do Burundi", anunciou a delegação da UE no país, através de uma mensagem colocada no Twitter.

Para além do atual primeiro-ministro, as sanções contra Godefroid Bizimana, antigo diretor-geral adjunto da polícia, e Léonard Ngendakumana, antigo general, também foram levantadas.

As sanções, impostas pela UE em 1 de outubro de 2015, incluíam "restrições de viagem" e o "congelamento de fundos".

Acusado de ser um dos atores da repressão violenta levada a cabo durante a crise política de 2015, Gervais Ndirakobuca, nomeado primeiro-ministro a 7 de setembro, foi alvo de sanções por parte dos Estados Unidos, que foram levantadas no final de 2021, mas permaneceu entre os visados pelas sanções da UE pelo seu papel na crise.

Durante a guerra civil que assolou o país entre 1993 e 2006 e deixou 300.000 mortos, herdou o apelido "Ndakugarika", que significa literalmente "Vou-te deitar já morto" em kirundi, a língua nacional.

Em 2015, a oposição tinha considerado ilegal a proposta do Presidente Pierre Nkurunziza para um terceiro mandato.

O protesto que se seguiu foi violentamente reprimido, com execuções sumárias, desaparecimentos, detenções arbitrárias, tortura e violência sexual contra qualquer voz dissidente, recorda a agência de notícias France-Presse (AFP). A crise causou pelo menos 1.200 mortos e forçou cerca de 400.000 burundeses a fugirem das suas casas, inclusivamente para o estrangeiro.

O Burundi, um país terrestre na região dos Grandes Lagos, é o país mais pobre do mundo em termos de PIB per capita, segundo o Banco Mundial, que diz que 75% dos seus 12 milhões de habitantes vivem abaixo do limiar de pobreza internacional.

Agência Lusa

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