O Governo Regional está a preparar a construção de uma nova via rápida que ligará a Ribeira Brava à Calheta, passando pela Ponta do Sol. O projeto, que se encontra em fase de estudo, pretende dar resposta ao aumento do tráfego automóvel na zona oeste da ilha e melhorar a segurança e fluidez da circulação rodoviária.
O secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Rodrigues, explicou que o Executivo madeirense “está neste momento a trabalhar no estudo para a duplicação de faixa entre a Ribeira Brava e a Calheta”.
“Numa primeira fase, a obra abrangerá o troço até à Ponta do Sol e, posteriormente, estender-se-á até à Calheta, num perfil de via rápida com duas faixas em cada sentido”, adiantou o governante, sublinhando que “os números de tráfego na atual via expresso já justificam claramente esta intervenção”.
Pedro Rodrigues recordou que “na época de verão, registam-se vários constrangimentos, sobretudo entre a Tabua e a Ribeira Brava”, o que reforça a necessidade de avançar com esta nova infraestrutura rodoviária.
O secretário regional revelou que o estudo prévio deverá ser lançado “ainda este ano” e que o objetivo é ter “uma estimativa de custos definida até ao final do próximo ano”.
“Estamos a fazer o estudo breve e vamos lançar agora o estudo prévio, que terá de ser enquadrado também com a via expresso que liga ao Campanário. No âmbito da nova concessão rodoviária, que será lançada ainda neste mandato, pretendemos incluir a construção destes troços e também a nova circular ao Funchal, entre o Caniço, o Lazareto e as Virtudes, nas zonas já em obra”, referiu Pedro Rodrigues.
A nova via rápida irá prolongar a atual infraestrutura desde a Meia Légua, na Ribeira Brava, até à Calheta, passando pela Ponta do Sol. A empreitada deverá avançar por fases, começando com o troço entre a Tabua e a Ponta do Sol.
“Na melhor das hipóteses, o primeiro troço será o da Tabua à Ponta do Sol, com ligação entre estas duas localidades. Numa segunda fase, a obra estender-se-á até à Calheta”, explicou o secretário regional.
A atual via expresso manter-se-á em funcionamento, mas passará a ter um papel mais local. “A via expresso será uma via de acesso local e alternativa à nova via rápida”, precisou.
Pedro Rodrigues adiantou ainda que o aumento de tráfego previsto para a Calheta “decorre também da construção do Campo de Golfe e dos investimentos imobiliários e turísticos associados”, que irão transformar a Ponta do Pargo num novo polo de desenvolvimento.
Quanto ao modelo de concessão, o secretário regional garantiu que “não haverá portagens”, assegurando que “será mantido o modelo semelhante ao atual”.
No lado leste da ilha, prosseguem também as obras da nova circular do Funchal. “Já começámos nas zonas das Virtudes e do Amparo, e essa primeira fase deverá estar concluída no primeiro semestre do próximo ano”, indicou o governante.
A nova concessão rodoviária, que incluirá todos estes troços, deverá ser lançada até 2028.