A ‘Tech Trends 2025 – O Amanhã Tecnológico da Madeira’, evento que decorre hoje e amanhã, no Savoy Palace, numa iniciativa da MEO Empresas, reuniu uma mesa redonda, moderada por Paulo Rego, diretor de Produto e Pré-Venda da MEO Empresas, subordinado ao tema ‘Quantum Threat, ready or not here I come....’, que contou com quatro representantes de empresas lideres de cibersegurança.

João Henriques, territory Account Manager, da Cisco, foi o primeiro a falar sobre o conceito da computação quântica que representa “um novo paradigma da forma como podemos fazer a análise matemática do problema” e advoga que as organizações têm de estar preparadas para a mudança e têm de começar a preparar-se hoje. O responsável diz que é um paradigma que parece distante, mas é uma realidade de hoje para proteger o futuro.

Já Paulo Pinto, business Developer Manager, da Fortinet, considera que a computação quântica é uma ameaça entre os próximos 5 a 10 anos, “porque vai estar dependente de computação disponível com a implementação desses algoritmos”. Ou seja, a computação quântica vai permitir com que seja possível decifrar passes e chaves.

No entanto, diz que se algo vai acontecer daqui a 5 anos as empresas “têm de começar a se preparar hoje”.

Preparação das redes para que sejam mais inteligentes e seguras para garantir que seja possível minimizar estes riscos. É o que defende Sónia Casaca, country Manager, da HPE Networking. “Para que todos estejamos preparados para o que realmente chegar é necessário que todas as empresas comecem a fazer este percurso”, frisa.

Sobre o facto de haver já criminosos a guardar informação agora para depois, quando vier a computação quântica, poderem decifrá-la, Rodolfo Estrompa, partner Sales Manager, da CheckPoint, reconhece que isso já acontece nos dias de hoje.

“Acredito que, num prazo de 5 a 10 anos, tal como acontece com algumas tecnologias, vamos entrar numa democratização completa, mas estes atores certamente vão conseguir ter acesso a este tipo de tecnologia. Portanto, aquilo que é um prazo de 15 anos para ter acesso a informação encriptada, passa a 8 horas”, referiu, entendendo que este é um ‘abre olhos’ para o tecido empresarial e organizações para que tomem passos efetivos para dificultar esse trabalho. Mais entende que a Inteligência Artificial terá um papel importante para responder a este problema.