Carlota Cavaco foi a segunda oradora a subir ao púlpito na 7.ª sessão das Jornadas Madeira 2022/23, iniciativa do JM que leva hoje à Ribeira Brava a temática em redor da Economia, nomeadamente centralizada na questão ‘que rumos seguir?’. Uma questão que a vogal da delegação regional da Ordem dos Economistas afirma que não há uma resposta absoluta, mas sim sugestões e análises económicas.
Nesse sentido, Carlota Cavaco sugere que todos os anos estejamos preparados para adaptarmo-nos às novas realidades. "Todos os anos, meses, dias ouvimos economistas a fazer previsões económicas e muitas vezes são comparados com meteorologistas, porque falham nas previsões. Em territórios como a RAM há décadas que ouvimos que o território é pequeno demais para se conseguir fazer previsões climatéricas e o mesmo acontece com as previsões económicas!", aponta.
Na sua intervenção, Carlota Cavaco lembrou que a Madeira é uma ilha pequena, com enorme dependência do Turismo e da Construção, "salários baixos, problemas de acessos e transporte de mercadoria, agora com os problemas mundiais que ouvimos repetidamente: custo da energia, taxa de inflação como não se via há décadas, e taxas de juro da divida a subir para controlar a inflação".
Carlota Cavaco diz, porém, que existem imensas perguntas sem resposta, nomeadamente ‘como vamos lidar com a falta de recursos humanos?; como vamos lidar com a geração de trabalho que procura uma vida equilibrada entre via profissional e vida pessoal?; quem vão ser os nossos turistas, com a Europa em guerra e o poder de compra a baixar?".
Bruna Nóbrega