A análise do ganho médio mensal de acordo com o sexo, para o ano de 2021, mostra que os homens (1 286,34€) ganhavam em média mais 14,3% (ou seja, mais 161,22€) do que as mulheres (1 125,12€), prolongando-se a tendência que existe desde o início da Série Retrospetiva das Estatísticas dos Quadros de Pessoal, divulgada hoje pela Direção Regional de Estatística da Madeira.

De realçar que o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem apurado em 2021 situou-se nos 1 212,39€, valor superior ao do ano anterior (1 171,42€), o que corresponde a um aumento anual de 3,5%.

A DREM realça a evolução que tem vindo a ser registada no que diz respeito à desigualdade salarial entre homens e mulheres, sendo que enquanto em 1995 as mulheres recebiam 77,6% do ganho médio mensal dos homens, em 2021, esse rácio foi de 87,5%.

Por localização geográfica, verificou-se que o município do Porto Santo era o que apresentava o ganho médio mensal mais elevado (1 323,46€), seguido do Funchal (1 264,75€) e Calheta (1 230,93€), os únicos que estavam acima da média regional (1 212,39€). Ao invés, Porto Moniz (886,52€), São Vicente (893,75€), Santana (927,20€), Ponta do Sol (933,17€), Ribeira Brava (997,38€), Câmara de Lobos (1 028,79€), Machico (1 142,01€) e Santa Cruz (1 168,42€) estavam abaixo da média.

A informação de acordo com as habilitações literárias permite observar diferenças importantes. Os trabalhadores com habilitações inferiores "Inferior ao 1.º ciclo do ensino básico" tinham um ganho médio mensal menor (979,30€). Entre os que detêm o "1.º ciclo do ensino básico" (1 021,20€) e o "3.º ciclo do ensino básico" (1 016,26€), as diferenças são pouco expressivas, mas o diferencial dos trabalhadores com estas habilitações para aqueles com o "Ensino secundário" (1 104,08€) é já significativo. A posse de licenciatura revela-se determinante para obtenção de um ganho médio mensal superior (1 896,51€), sendo que o expoente foi atingido, em 2021, pelos doutorados (2 437,34€).

Redação