Na parte final do Fórum JM ‘Os Grandes Números do Turismo’, os intervenientes enalteceram o trabalho e diálogo conjunto dos operadores e decisores na tomada de decisões em prol do turismo.
Eduardo Jesus reforçou a importância da qualificação do destino a vários níveis. “Tudo está a ser feito com grande envolvimento do setor, com upgrade no turismo Madeira, upgrade da experiência no território, para que o turista não saia com más experiências quando vai ao Areeiro, por exemplo”.
O governante destacou o papel dos atores ao longo dos últimos anos, com o foco no período pós-pandemia: “Estivemos todos unidos a combater os mesmos desafios, focados no essencial, que era uma Madeira mais qualificada, que produzisse mais valor e que pudesse se sustentar ao longo do tempo”.
Já António Jardim Fernandes, da ACIF, comentou que é natural que haja pontos de saturação com base no crescimento rápido de turistas. Mas, “tem havido conversações, estamos a andar no bom caminho, e em diálogo” para encontrar soluções.
O empresário entende, nomeadamente, que seja feita a diferenciação entre os pontos de alta, média e baixa densidade de fluxo turístico. O problema do trânsito existe no de alta densidade. Teremos de ter limites de ‘slots’ nesses pontos, de maneira que o trânsito não seja um problema. “Temos de se calhar arranjar um sistema, como reservas obrigatórias, para saber e poder gerir e reagir à medida em que o espaço se torna de média para alta densidade”.
Gabriel Gonçalves, representante das Agências de Viagens, deixou como nota final que a Região está “no bom caminho” na transformação do turismo e aditou que “faz parte do ADN de quem viaja procurar os pontos fulcrais, os ‘places to visit. Mudar esta tendência não se faz de um dia para o outro”.
Entende que é preciso continuar a apostar e a valorizar o trabalho dos agentes de viagens, que organizam “tudo direitinho”, com documentos e “passagem e chave na mão” do cliente.
Da parte da hotelaria, Ricardo Sousa, do Grupo Pestana sublinhou que é importante para os hotéis que a experiência do turista seja a melhor. “Somos quase que os psicólogos no meio disto tudo, quando o cliente chega das viagens”, lembrou.
Ricardo Sousa entende que é preciso incentivar a utilização dos parques de estacionamento periféricos, com a criação de slots, de horas diferentes, para diminuir a afluência de trânsito.