Uma viagem às Ilhas Desertas poderá vir a dar outro sabor ao rum produzido pelos Engenhos do Norte – e, certamente, marcar um momento inédito na história do destilado de produção madeirense.
A ousada iniciativa partiu de Miguel Faria, responsável pela empresa J. Faria & Filhos que lidera os Engenhos do Norte, que decidiu levar cinco pipas de carvalho francês vazias até à Deserta Grande, em plena reserva natural do arquipélago da Madeira, numa missão que custou alguns milhares de euros, totalmente suportado pela empresa.
A operação contou com o apoio do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) e teve como palco o navio Baía do Funchal, comandado por João Nunes. A bordo seguiu também a reportagem do JM, único órgão de comunicação social presente na viagem.
Num cenário de mar azul e natureza intocada, o rum madeirense ganhou uma nova história, mas só vamos saber daqui por três ou quatro anos. A ideia surgiu pela cabeça dos responsáveis do Engenho do Norte e daí até realizar foi o passo seguinte.
Na passada quarta-feira, dia 22, as pipas vazias e a reportagem do JM partiram a bordo do atuneiro Baía do Funchal, com uma comitiva de 16 pessoas, entre tripulação e funcionários da empresa do Porto da Cruz.
As barricas vazias vão permanecer durante meses (talvez um ano) sob a influência do vento, da maresia e das variações térmicas do Atlântico. “Queremos que o ambiente das Desertas dê um toque irrepetível ao nosso rum”, explicou Miguel Faria, responsável pelos Engenhos do Norte. O resultado, garante, “será um produto com alma madeirense e sabor de aventura”. Fique agora a conhecer toda a história, que pode ler e ver na edição impressa do passado domingo.