O secretário regional das comunidades Rui Abreu, cumprindo com o programa da sua visita à África do Sul, reuniu-se esta manhã para um pequeno-almoço com a Liga da Mulher Portuguesa da África do Sul.

Rui Abreu chegou ao local às 10:00 locais tendo recebido cumprimentos de boas-vindas da comendadora Manuela Rosa, presidente nacional da Liga e de Mimi Jardim e Manuela Calado, presidentes da área de Joanesburgo e Pretória respetivamente. Antes do início, Mimi Jardim proferiu algumas palavras sobre a atividade da organização, começando por se dirigir a Rui Abreu.

"A Liga da Mulher Portuguesa na África do Sul tem um conceito sociológico muito simples: Contribuir para uma melhoria e bem-estar das mulheres portuguesas na África do Sul e promover a solidariedade, algo cada vez mais necessário, mas, também cada vez mais difícil. A solidariedade e melhoria das condições de vida das nossas compatriotas é a razão principal deste grupo de mulheres da Liga e desta filial de Joanesburgo em boa hora criada em 22 de fevereiro de 2017 na maior cidade da África do Sul", começou por realçar no seu discurso.

"Fazemos face a problemas constantes das mais variadas categorias, desde atender a mulheres indigentes e também atingidas pela violência doméstica, acudindo aonde for mais necessário e possível o que nem sempre acontece. Com a pandemia a nossa atividade, reuniões, convívios e outros eventos foram substancialmente reduzidos, ampliando as dificuldades já existentes, sobretudo a falta de fundos", notou.

"As atividades solidárias fazem parte do nosso ADN. É doloroso comtemplarmos as dificuldades porque passam compatriotas que outrora tiveram as suas vidas bem organizadas mercê do trabalho constante dedicado e empreendedorismo, muitas perderam os seus bens e vivem horas de grande sofrimento. A solidariedade ultrapassa e muito o âmbito da ajuda financeira realizada através da doação de roupas e medicamentos. Reconhecemos que precisamos de mais apoios para podermos cumprir a missão a que nos propusemos, porque os pedidos de ajuda aumentam constantemente e como podem calcular as nossas atividades não são suficientes para resolver definitivamente os problemas sociais que se nos apresentam", expôs.

"Apenas servem para amenizar um pouco situações de calamidade de algumas pessoas e às vezes famílias inteiras oferecendo esperança e perspetivas e alguns cabazes de alimentos de primeira necessidade".

Agradecendo a presença do Secretário Regional e do seu conselheiro, uma das senhoras aproximou-se de Mimi Jardim cm uma bonita embalagem vermelha, cor alusiva ao Dia dos Namorados, o qual abriu tirando uma bonita gravata de cor vermelha com que presenteou Rui Abreu.

Em ato contínuo, Rui Abreu entregou uma elegante embalagem contendo um trabalho em bordado Madeira com o propósito de ser utilizado para angariação de fundos tão necessária.

Rui Abreu, usando da palavra, revelou que só agora tomou conhecimento da existência da Liga, fundada há 34 anos passando a tecer encómios sobre a atividade desta Liga e fez referência a situações muito semelhantes às que acabou de ouvir no que respeita a pobreza e a organizações de benemerência, nomeadamente no Reino Unido que é um país rico e desenvolvido. Também há pobres como também na Venezuela, onde vive uma das maiores comunidades madeirenses. "Eu costumo dizer que a nossa Diáspora tem de ser um orgulho para o país, é um orgulho para a Madeira pois ao ver, quando visitarmos estes países as empresas e a forma como estão inseridos na sociedade é de facto gratificante. Como responsável do governo da Madeira quero vos dar parabéns pelo vosso trabalho pela vossa generosidade. Eu conheço um grupo, Damas da Beneficência, em Caracas, fico feliz por ter tomado contacto com esta organização a quem desejo as maiores felicidades".

José Luiz da Silva – Correspondente em Joanesburgo (África do Sul)